Os acionistas da Eletrobras decidiram nesta sexta-feita (22) autorizar a transferência do controle acionário de seis das suas distribuidoras, incluindo a Eletrobras Piauí, o que deve ocorrer até o dia 31 de dezembro de 2017.
A decisão ocorreu durante a 165ª Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da holding. Na prática, a decisão foi tomada pelo Governo Federal, que possui o maior percentual de ações da sociedade de economia mista.
Além da Eletrobras Piauí, os acionistas também aprovaram a transferência de controle das distribuidoras do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, e Alagoas.
Na assembleia extraordinária ficou estabelecido uma condicionante para que as vendas das seis empresas sejam efetuadas. Até que a transferência do controle acionário ocorra, as distribuidoras devem receber, da União ou através de tarifa, todos os recursos e remuneração necessários para operar, manter e fazer investimentos que forem relacionados aos serviços públicos da respectiva empresa, mantendo seu equilíbrio econômico e financeiro, sem qualquer aporte de recursos, a qualquer título, pela Eletrobras.
Ainda na reunião dos acionistas foi aprovado o nome do executivo Wilson Ferreira Jr. para presidir a Eletrobras, e também os novos membros do Conselho de Administração da companhia: José Luiz Alqueres, como presidente do Conselho, Vicente Falconi Campos, Esteves Colnago Júnior, Elena Landau, Ana Paula Vitali Janes Vescovi, Mozart de Siqueira Campos de Araújo (membro independente), além do novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr.
No início da semana, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, havia confirmado a intenção do Governo de vender as distribuidoras, com data do leilão a ser marcada após a venda da Celg-D (distribuidora de Goiás), em agosto.
As primeiras a serem leiloadas, ainda de acordo com o ministro, serão as empresas do Piauí e de Alagoas.
Há anos os consumidores piauienses vêm sofrendo com um serviço de péssima qualidade, que tem gerado incalculáveis prejuízos e até mesmo a morte de pessoas, por conta de acidentes envolvendo a obsoleta rede de distribuição.
Por: CÃcero Portela