A Câmara Municipal de Teresina
aprovou mais uma proposta de reforma administrativa sugerida pela atual gestão
da prefeitura de Teresina. Ao final da tramitação, a matéria foi aprovada
conforme o texto original enviado pelo poder Executivo da capital. Como principais
mudanças, a lei cria mais duas Superintendências de Ações Administrativas
Descentralizadas (SAADs), uma na zona sul e outra para a sudeste, autoriza a instalação
da Coordenadoria de Bem Estar Animal e de uma coordenação para a Casa da Mulher
Brasileira no município.
Foto: Jailson Soares
Outra medida diz respeito a uma adequação a nova lei federal de licitações. A gestão descentralizou os processos licitatórios permitindo a formação de comissões próprias na Fundação Municipal de Saúde (FMS), Prodater e Eturb. Este ponto foi destacado como principal mudança pelo líder do prefeito na casa legislativa. “A cidade de Teresina tem hoje em torno de R$ 1 bilhão para investir, mas isso só é permitido através de licitações”, comentou.
Foto: Jailson Soares
A subdivisão das SAADs sul e sudeste motivou a apresentação de uma emenda supressiva ao texto original da mensagem, mas a maioria do plenário resolveu derrubar a emenda apresentada por vereadores de oposição e assim garantir a aprovação integral da matéria conforme o desejo do Palácio da Cidade.
Dos 29 vereadores um total de 23 votaram favoravelmente a reforma. Os vereadores Ismael Silva (PSD), Luís Lobão (MDB), Aluísio Sampaio (PP) e Evandro Hidd (PDT) votaram contra e o vereador Vinício Ferreira se absteve da votação.
“Eu não acredito que a divisão das SAADs vai melhorar a vida da população. Eu não acredito mais nessa gestão, não tem sentido fazer essas divisões faltando pouco mais de um ano para o fim da gestão do Dr. Pessoa”, argumentou o mdbista Luís Lobão.
O vereador Edson Melo do PSDB adotou um discurso contrário a criação das novas SAADs, mas no decorrer da tramitação mudou de ideia e resolveu se somar a base aliada na aprovação da proposta.
“Nós continuamos contra a subdivisão das SAADs, mas em 30 anos aqui na casa eu nuca votei contra empréstimos ou reformas administrativas. Eu não vou assumir a culpa de estar atrapalhando a gestão, e como oposição nós vamos cobrar os resultados”, disse o tucano.