A microrregião de Limoeiro do Norte, no vizinho estado do Ceará, é palco de uma experiência em saúde pública que tem dado certo. A convite do governador do Ceará, Camilo Santana e do presidente do Consórcio Público de Saúde da Região de Limoeiro do Norte (CPSMLN) e prefeito de Quixeré, Francisco Bessa, o presidente da APPM, Gil Carlos, acompanhado do prefeito de Gilbués, Leo Matos e do advogado Valmir Falcão, visitaram o referido consórcio, a fim de conhecerem a experiência.
O Consórcio foi criado em 2010 através da união de 11 municípios do Vale do Jaguaribe, o estado do Ceará, com recursos financeiros para as Policlínicas e o Centro de Especialidade Odontológica - CEO Regional, além da União. A iniciativa atingiu rapidamente o objetivo para qual foi criado, por otimizar e promover a eficiência da prestação do serviços de média complexidade essenciais de saúde pública, perfazendo um atendimento médio diário de 300 cidadãos, através de 14 especialidades médicas, nos 11 municípios que integram a microrregião.
Para o presidente da APPM, Gil Carlos, o Consórcio em saúde é uma realidade que deu certo e pode ser reproduzida para o estado do Piauí. “Fomos ao vizinho Estado para conhecer a experiência cearense em saúde, no tocante a média complexidade, e como se daria o financiamento e a gestão do consórcio. Observamos a estrutura das unidades e como, de fato, são realizados os atendimentos e percebi que os serviços ofertados são de grande qualidade. Esse modelo pode ser replicado através de uma bipartite, onde o Estado entra com 40% do financiamento e os municípios com 60%”, pontua o presidente.
Para o prefeito de Gilbués, Leo Matos, a experiência tem tudo pra dar certo no Piauí. “É uma tendência do Ministério da Saúde concentrar investimentos nos consórcios e nós não podemos continuar na situação que nos encontramos, principalmente os municípios mais distantes de Teresina”, explica o gestor.
A ideia dos gestores é que o Estado, através dos municípios e a União implantem hospitais regionais com diversas especialidades contemplando média e alta complexidade, fazendo com que os municípios voltem seus esforços para as áreas de sua responsabilidade, como é o caso da atenção básica, e o cidadão seja atendido como dignidade e resolutividade.