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Suécia tira dos EUA o sonho do quarto ouro olímpico no futebol feminino

A Suécia pôs um fim ao desejo dos Estados Unidos de conquistar a quarta medalha de ouro olímpica consecutiva no futebol feminino, ao vencer por 4-3 nos pênaltis (após empate em 1-1 em 120 minutos) nos Jogos do Rio-2016, nesta sexta-feira, em jogo das quartas de final, em Brasília.

Lotta Schelin, Kosovare Asillani, Caroline Seger e Lisa Dahlkvist converteram os pênaltis para as escandinavas, enquanto a cobrança de Linda Sembrant para os Estados Unidos foi defendida por Hope Solo.

Para as americanas, campeãs mundiais em 2015, marcaram Lindsey Horan, Carli Lloyd e Morgan Brian, enquanto a cobrança de Alex Morgan foi defendida pela camisa '1' sueca e Christen Press chutou para fora.

A Suécia enfrentará nas semifinais, na próxima terça-feira, no Maracanã, as vencedoras do confronto entre Brasil e Austrália, que se enfrentam a partir das 22h00 desta sexta em Belo Horizonte.

As suecas chegaram às quartas de final pela porta dos fundos como as segundas melhores terceiras colocadas da primeira fase, na qual venceram as sul-africanas por 1-0 na estreia para depois sofrer uma derrota por 5-1 para a seleção brasileira.

Revolta escandinava

Com uma dinâmica no primeiro tempo que terminou sem gols, graças às defesas das goleiras Hope Solo, a melhor do mundo, e Hedvig Lindahl, os Estados Unidos e a Suécia decidiram ir para o tudo ou nada no segundo tempo.

Foi a Suécia que conseguiu abrir o marcador aos 61 minutos depois de um bem executado contra-ataque que Blackstenius finalizou com um lance na diagonal, entrando na área em velocidade.

O desconcerto da seleção americana foi geral e as meninas demoraram alguns minutos para assimilar o golpe, mas elas conseguiram reagir.

A tentativa de revolta da Suécia, que foi a quarta colocada em Atenas-2004, seu melhor desempenho olímpico até agora, terminou aos 77 minutos quando Morgan aproveitou um rebote que bateu no rosto de Samuelsson para bater Lindahl.

A partida foi além da prorrogação e as duas equipes sofreram gols mal anulados: Carli Lloyd teve invalidada uma cabeçada aos 115 minutos e Lotta Schelin, um minuto depois, foi punida com impedimento quando definia um lance em posição legal.

A partida acabou indo para os pênaltis, nos quais a seleção sueca foi mais eficiente, com quatro conversões e Schelin como personalidade ao defender uma das cobranças.

Campeã do Mundo no Canadá-2015, onde o Brasil foi eliminado nas oitavas de final, os Estados Unidos sonhava com quatro ouros, três deles consecutivos, e se tornar o primeiro campeão da Copa do Mundo feminina da FIFA a conquistar o ouro olímpico no ano seguinte.

Para isto, apostou todas as fichas em Carli Lloyd, a melhor jogadora da Copa do Mundo 2015, e que nos Jogos do Rio-2016 mostrou apenas lampejos de seu desempenho na primeira fase.

Ficha técnica da partida:

Jogos Olímpicos Rio-2016 - Torneio feminino - Quartas de final

Estados Unidos - Suécia - em pênaltis (0-0 em 120 minutos)

Estádio: Mané Garrincha (Brasília)

Público: 7.000 espectadores

Temperatura: 30ºC. Gramado em bom estado

Árbitra: Anna-Marie Keighley (Nova Zelândia)

Definição por pênaltis:

Estados Unidos: Alex Morgan (defendido), Lindsey Horan, Carli Lloyd, Morgan Brian, Christen Press (para fora)

Suécia: Lotta Schelin, Kosovare Asillani, Linda Sembrant (defendido), Caroline Seger, Lisa Dahlkvist

Gols nos 120 minutos:

Estados Unidos: Alex Morgan (77)

Suécia: Stina Blackstenius (61)

Cartões amarelos:

Estados Unidos: Carli Lloyd (110)

Suécia: Lotta Schelin (57), Caroline Seger (78)

Escalações:

Estados Unidos: Hope Solo - Megan Klingenberg, Julie Johnston, Becky Sauerbrunn, Kelley O'Hara (Megan Rapinoe, 72 -Christen Press, 99-) - Morgan Brian, Tobin Heath, Mallory Pugh (Lindsey Horan, 114) - Alex Morgan, Carli Lloyd e Allie Long (Crystal Dunn, 65). Técnico: Jill Ellis.

Suécia: Hedvig Lindahl - Elin Rubensson (Magdalena Eriksson, 71), Nilla Fischer, Linda Sembrant, Jessica Samuelsson (Emma Berglund, 119) - Lisa Dahlkvist, Caroline Seger, Kosovare Asllani - Sofia Jakobsson (Olivia Schough, 91), Lotta Schelin e Fridolina Rolfo (Stina Blackstenius, 18). Técnico: Pia Sundhage.