Um empresário paraibano do ramo da acerola e cajucultura orgânica, que desenvolve atividades nos Tabuleiros Litorâneos em ParnaÃba há décadas fez um alerta em sua página de relacionamentos na internet. O agrônomo Josenilto Lacerda chama atenção da sociedade para um provável possÃvel encerramento de atividades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na região litorânea do Piauà que, EMBRAPA Meio Norte. De acordo dom Josenildo A Empresa vem há vários anos definhando em suas atividades e por isso embora não teria os funcionários demitidos, pararia com suas atividades de pesquisas o que ele chamou de como se estivesse fechada.
Veja na integra o texto publicado pelo agrônomo Josenilto Lacerda
EMBRAPA FECHANDO AS PORTAS EM PARNAÃBA
ParnaÃba sediou por quase uma década o Centro Nacional de Pesquisa da Agricultura Irrigada. Formatado para desenvolver pesquisas em irrigação para todas as atividades agropecuárias do Brasil, chegou a desenvolver tecnologia de produção irrigada com diversas culturas espalhadas por todo o paÃs. Depois esse centro foi fechado e transformado numa unidade básicade pesquisa da Embrapa Meio Norte. Situada no centro da área do PerÃmetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos do PiauÃ, essa unidade passou a funcionar dentro da nova lógica da Embrapa de prospecção de demanda, que é basicamente o repasse de recursos mediante a apresentação de projetos de pesquisa por pesquisadores do quadro da unidade para liberação no ano seguinte em interação com agentes locais. Desde então ela vem sendo lentamente "desidratada". Até o ano passado as linhas básicas de pesquisa permitidas para apresentação de projetos eram na aquicultura, agroecologia e pecuária de leite. Agora os projetos dessa área se forem apresentados pelos poucos pesquisadores que ainda restam da Embrapa Meio Norte, sequer serão apreciados, o que na prática significa o fechamento da unidade. Obviamente o quadro de funcionários e de pesquisadores não serão demitidos, mas a unidade perde a função de existir. A Embrapa de ParnaÃba era sempre uma referência nas tecnologias de irrigação e na permanente interação entre os pesquisadores e irrigantes, que agora não mais a terão.�
O Laboratório de Análises de Ãgua e Solo com certificação de padrão internacional, fechou as portas para o público há três anos e nesse perÃodo servia apenas para os projetos de pesquisa da unidade, apesar da excelente estrutura e equipamentos modernos. Hoje amostras de solo são mandados para laboratórios de São Paulo.
O viveiro de mudas produzia uma grande variedades de espécies de frutÃferas e florestais que eram vendidas ou distribuÃdas a população local. Há seis anos foi fechado para esse fim com um argumento que o papel da Embrapa é desenvolver pesquisa e não produzir mudas. Mesmo assim sua excelente estrutura e quadro de pessoal especializado continua batendo o ponto.
A estação Meteorológica fornecia dados climatológicos diários aos produtores da região para balizar a irrigação racional. Isso deixou de ser feito há cerca cinco anos, sob o argumento de que dados climatológicos só podem ser divulgados por instituições credenciadas para tal fim, nesse caso o INPE. Mesmo assim os modernos, sofisticados e caros equipamentos continuam sendo operados pela equipe de funcionários e pesquisadores da unidade.
Todos os dias um ônibus da Embrapa (novo, diga-se de passagem) faz o trajeto de 18 km ParnaÃba-Embrapa-ParnaÃba para que seus funcionários possam cumprir a carga horária diária numa espécie de "missa de corpo presente".
Diante desse quadro fica evidente que estamos presenciando os últimos suspiros de tão importante instituição sem que nenhum polÃtico se manifeste contra esse desfalque nas esquálidas vantagens competitivas do PiauÃ!�