O Ministério da Saúde lançou, nesta
segunda-feira (12), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A
vacinação acontece de 12 de abril a 09 de julho e deve atender mais de 79,7
milhões de pessoas que fazem parte do grupo prioritário. O Ministério da Saúde
investiu R$ 1,2 bilhão na campanha.
O órgão não recomenda que seja feita a aplicação das vacinas contra a Covid-19 e contra a influenza conjuntamente. A orientação é que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra o novo coronavírus. Especialistas recomendam 14 dias entre uma aplicação e outra.
A aplicação é oferecida a
todos a partir dos seis meses de vida, se não houver contraindicações médicas.
Já o cronograma do Sistema Único de Saúde (SUS) será composto por três etapas.
Na rede privada, a vacina já está disponível desde o fim de março em grande parte das clínicas de vacinação, de acordo com a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (Abcvac). A expectativa da Abcvac é que as clínicas imunizem cerca de 10% da meta estabelecida pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) - cerca de 8 milhões de pessoas.
Confira o calendário de vacinação contra gripe:
1ª etapa: 12 de abril a 10 de maio
Crianças entre seis meses a seis anos, gestantes, puérperas, população indígena e trabalhadores da saúde serão os primeiros a serem vacinados;
2ª etapa: 11 de maio a 08 de junho
Idosos acima de 60 e professores;
3ª etapa: 09 de junho a 12 de julho
Pessoas com comorbidades e deficiência, caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo, profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento, população privada de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas.
Além de evitar complicações decorrentes da gripe, a vacinação pode impedir a sobrecarga no sistema de saúde que atende pacientes com Covid-19, especialmente agora que há uma alta demanda de casos de Covid-19 e síndrome aguda respiratória.
É importante salientar que a vacinação contra a gripe deve ocorrer em sala distinta da usada para a imunização contra o coronavírus. As regras de distanciamento e higienização devem ser respeitadas.
(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Orientações
As equipes de saúde estão orientadas a fazer uma triagem para identificar paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Pessoas que estão com Covid ou que contraíram a doença há menos de 28 dias devem adiar a vacinação contra a influenza.
Quem apresentar apenas tosse ou coriza poderá ser vacinado, com a orientação de procurar um serviço de saúde. O imunizante não deverá ser aplicado em pessoas com febre ou quadro geral de mal-estar.
As vacinas oferecidas pela rede privada são tetravalentes, ou seja, protegem contra quatro subtipos do vírus influenza: dois subtipos A e dois subtipos B. Já o imunizante contra a gripe oferecido pelo Ministério da Saúde, é trivalente, produzida pelo Instituto Butantan.
Covid-19: vacinados devem observar intervalo entre imunizantes
Com a vacinação de pessoas contra a covid-19 avançando, é importante ficar atento ao intervalo entre essa aplicação e a de outros imunizantes. O intervalo sugerido pelos profissionais é de 14 dias. A orientação médica vale para qualquer vacina do calendário ou para influenza no caso dos grupos que serão imunizados contra a covid-19.
O período de 14 dias deve ser observado independentemente de qual vacina foi tomada primeiro. Então, se alguém receber imunizante contra a covid-19, deve aguardar pelo menos duas semanas antes de tomar qualquer outra vacina e vice-versa.