A coordenadoria do Garantia-Safra visita, a partir desta terça-feira (9), o estado do Piauí para capacitar agentes técnicos sobre procedimentos relativos à constatação de perdas e ao cadastro de agricultores familiares no seguro. Ao todo, serão três encontros até a próxima sexta-feira (12), com o objetivo de atingir os 34 municípios dos territórios de Planície Litorânea, Carnaubais e Entre Rios.
O programa da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) beneficia com R$ 850 agricultores que tenham sofrido perdas de mais de metade da produção devido à seca. Os estados contemplados estão localizados na região atendida pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), área mais sujeita aos prejuízos provocados pela estiagem.
Dione Freitas, coordenadora do Garantia-Safra (Foto: Divulgação)
O estado passa por uma seca prolongada há cinco anos, o que tem feito com que muitas famílias tenham perdido suas produções parcial ou totalmente.
A coordenadora do Garantia-Safra, Dione Freitas, explica que o período de adesão dos agricultores ao programa para a safra 2016/2017 já está encerrado e as reuniões orientarão as prefeituras e os técnicos das Empresas Públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) sobre como agir para que os agricultores não tenham ainda mais prejuízos.
“A Sead tem uma preocupação muito grande em relação aos municípios não perderem prazos e indicarem o técnico vistoriador. Se algo falhar nesta parte, os agricultores não recebem o seguro. Como houveram eleições recentemente, o que faz mudar o corpo técnico das prefeituras municipais, as reuniões tornam-se muito importantes para alertá-los nisso. Todos os procedimentos de verificação de perdas ocorrem a partir da demanda do município”, frisa Dione.
Matias Ribeiro Cabral, coordenador do Garantia-Safra no Piauí para a safra 2016/2017, conta que aproximadamente 120 mil agricultores piauienses aderiram ao programa. Ribeiro reforça ainda a importância das reuniões, principalmente, por esse ser o primeiro ano de mudanças no calendário agrícola para o plantio e nos prazos para as vistorias. “É necessário levar aos membros dos conselhos municipais essas informações para que sejam realizadas as vistorias e o benefício possa chegar aos agricultores no caso de perdas”, resume Matias.