Em nota divulgada na tarde de hoje (17), a Universidade Federal do Piauí informou que irá apurar a denúncia de assédio sexual envolvendo estudantes do curso de História. Duas estudantes registraram boletins de ocorrência na Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher, no Centro de Teresina, contra um estudante do referido curso.
A informação é de que um aluno, monitor de uma disciplina, teria trancado as duas jovens, em diferentes ocasiões, dentro da sala de um dos professores e tentado beijá-las, além de tentar tocar as partes íntimas de uma delas sem o seu consentimento.
A UFPI comunicou que irá apurar a denúncia de assédio sexual envolvendo estudantes de História. (Foto: Arquivo O Dia)
Tendo conhecimento da denúncia, a Universidade Federal do Piauí, por meio da sua assessoria de imprensa, informou que a Coordenação do Curso de História comunicou o fato à procuradoria jurídica da instituição para que todas as medidas necessárias sejam tomadas.
Em nota, a instituição de ensino afirmou também que “todos os fatos, que chegam de maneira formal, por meio da ouvidoria ou denúncias pelas vias legais (coordenações, Chefias de departamento e diretoria de Centros) têm apuração rígida e as penalidades na forma da lei dando direito ao contraditório e a ampla defesa”.
De acordo com a delegada Vilma Alves, que acompanha o caso, será instaurado um processo para investigar as circunstâncias nas quais os assédios teriam ocorrido, também serão convocadas testemunhas que presenciaram a ação do estudante acusado de assédio.
Segundo caso
Esse é o segundo caso envolvendo assédio sexual de estudantes em instituições de ensino de Teresina divulgado nos últimos dois dias. Ontem (16), cinco estudantes do Colégio CPI , localizado no Centro de Teresina, compareceram à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para registrar boletins de ocorrência contra um professor de educação física da escola, que estaria assediando as estudantes há cerca de três meses. As jovens são estudantes do ensino médio e possuem entre 15 e 16 anos de idade.
Confira a nota da UFPI na íntegra:
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informa que o caso está sendo apurado. A Coordenação do Curso de História já comunicou o fato à procuradoria Jurídica para que todas as medidas necessárias sejam tomadas.
A Administração superior da Universidade Federal do Piauí repudia veemente qualquer forma de discriminação contra mulheres, violência física e psicológica, assédio moral, constrangimentos ilegais, discriminação de gênero, orientação sexual, raça e até mesmo padrão de beleza que reflitam o pensamento autoritário.
Todos os fatos, que chegam de maneira formal, por meio da ouvidoria ou denúncias pelas vias legais (coordenações, Chefias de departamento e diretoria de Centros) têm apuração rígida e as penalidades na forma da lei dando direito ao contraditório e a ampla defesa - uma vez que o princípio do contraditório, que é inerente ao direito de defesa, é decorrente da bilateralidade do processo: quando uma das partes alega alguma coisa, há de ser ouvida também a outra, dando a oportunidade de resposta.
A UFPI reitera o compromisso de zelar e defender a segurança dos estudantes e servidores para o pleno desenvolvimento das suas atividades acadêmicas e administrativas. Não obstante, na UFPI, como em qualquer outro lugar, é esperado que o cidadão acolha e compreenda o outro em sua integralidade e no respeito a heterogeneidade do ser humano.