Um fenômeno incomum chamou a atenção dos teresinenses e moradores de cidades vizinhas na noite de ontem (23). Um possível meteorito teria provocado um clarão no céu e estrondos. Diversos relatos foram compartilhados nas redes sociais por pessoas que afirmam ter avistado uma espécie de bola de fogo cruzando o céu. O fenômeno foi avistado por volta das 20h. As testemunhas oculares relataram no Facebook o susto tomado durante a queda do possível meteoro. O Corpo de Bombeiros recebeu algumas ligações mas nenhuma ocorrência foi confirmada.
De acordo com o professor Edward Montenegro, coordenador do grupo Gráviton, que estuda a ocorrência de fenômenos astronômicos, ainda não é possível afirmar com precisão que o clarão visto pelos piauienses foi ocasionado pela queda de um meteorito, mas essa é a principal hipótese. “Ainda não temos nada concreto, apenas testemunhas que presenciaram o fato. É provável que se trate de um meteorito pequeno, que entrou em contato com a atmosfera terrestre”, avalia.
A bola de fogo vista pelas pessoas na noite de quarta-feira seria resultado da desintegração do provável meteorito. “Os meteoritos são formados por fragmentos de rocha, ou lixo espacial. Quando eles penetram a atmosfera terrestre, acabam incendiando, e provocando esse clarão”, explica Edward Montenegro.
O professor do curso de Física do Instituto Federal do Piauí, Airton Vasconcelos, explica que a queda de meteoritos é mais comum do que se imagina, apesar da maioria dos casos não ser visível a olho nu. “Esse tipo de fenômeno acontece a todo instante, mas nem sempre conseguimos visualiza-los. Por estarmos na cidade, a iluminação artificial acaba atrapalhando”, explica.
Ainda de acordo com Airton Vasconcelos o provável meteorito em órbita no céu de Teresina pode ter se desintegrado antes de ter contato com o solo. “Dependendo do tamanho eles podem ou não entrar em contato com o solo e formar crateras. Mas o que acontece é que a maioria se pulveriza antes de cair”, comenta o professor.
Até agora, nenhuma imagem foi publicada por quem testemunhou o fenômeno em Teresina.