A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Piauí, em parceria com a Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) está intensificando o monitoramento das manchas de óleo que apareceram no litoral nas últimas semanas e que têm avançado com mais força nos últimos dias. São aeronaves e navios-patrulha sendo usados para fazer sobrevoos e inspeção marítima, respectivamente, no sentido de identificar os pontos onde os resíduos se concentram em maio quantidade.
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No entanto, estes órgãos têm encontrado dificuldades na detecção das manchas de óleo, porque elas possuem mais densidade que a água, o que faz com que fiquem submersas e só subam para a superfície quando há um índice de espalhamento maior. A informação foi repassada pelo auditor fiscal ambiental da Semar, Francisco Mascarenhas.
Foto: Divulgação/Capitania dos Portos do Piauí
Em conversa com a reportagem do Portal O Dia, ele explicou que o avanço das manchas de óleo que se observou nos últimos dias pegou todos os órgãos de fiscalização de surpresa, uma vez que não havia indícios anteriores de que o litoral piauiense pudesse voltar a ser afetado, ainda mais em alta escala como aconteceu. Vale lembrar que as primeiras manchas da substância apareceram nas praias do Estado por volta do dia 28 de setembro. Desde então, o Piauí tinha sido o estado menos afetado da região Nordeste.
Os órgãos foram pegos de surpresa justamente por não terem conseguido visualizar com antecedência a quantidade de material que poderia estar submerso nas praias piauienses e que chegariam à superfície e à orla. “Não é um tipo de óleo que é de fácil visualização no mar, porque ele fica um pouco submerso. Nem fica totalmente no fundo, mas também não fica totalmente na superfície, o que dificulta muito a identificação do cenário em si e da área atingida”, explicou o representante da Semar.
Para melhorar o mapeamento marítimo do avanço das manchas de óleo, a Capitania dos Portos recebeu nesta segunda-feira (18) o navio Guanabara, cedido pela Marinha do Brasil. E embarcação terá como missão não só monitorar a costa piauiense, como também fazer a limpeza da água do mar, caso necessário. “Ela funcionária como um alarme para alertar os órgãos competentes sobre o aparecimento de novas manchas de óleo e agir de imediato na contenção”, explicou o capitão Benjamin Dante Duarte, comandante da Capitania dos Portos do Piauí.
O navio Guanabara foi cedido pela Marinha do Brasil para monitorar a costa litorânea piauiense - Foto: Divulgação/Capitania dos Portos do Piauí
Além do navio Guanabara, o Piauí também está recebendo o apoio de duas aeronaves operadas pela Capitania dos Portos do Maranhão. Elas farão o sobrevoo da área afetada para traçar a abrangência dos danos e também identificar o surgimentos de novas manchas na água, caso ele aconteça.