Dia 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data foi criada para conscientizar a população sobre os perigos da doença que é a principal causa de cegueira permanente no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80 milhões de pessoas sofrem com o glaucoma. No Brasil esse número chega a um milhão, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma.
O oftalmologista Samuel Gonçalves (CRM 3267), cooperado da Unimed Teresina e presidente da Sociedade Piauiense de Oftalmologia, explica que a doença não tem cura, mas com o diagnóstico precoce o tratamento é bastante eficaz: “Ela é uma doença crônica que tem tratamento. Geralmente é assintomática e em suas fases mais tardias o paciente vai perdendo o campo visual, podendo chegar à cegueira total”.
As causas da doença estão relacionadas a alguns fatores de risco: “o único fator de risco modificável é a pressão intraocular que se estiver elevada, nós iniciamos o tratamento para controle dessa pressão; a idade é outro fator de risco, pacientes acima de 40 anos têm mais chances de ter a doença; a raça, estudos comprovam que pessoas negras são grupos de risco; algumas doenças como a miopia e o histórico familiar da doença”, detalha.
Apesar de ser assintomática em alguns estágios mais avançados, o glaucoma apresenta como principal sinal de alerta a perda do campo visual.
O médico acrescenta que existem quatro tipos de glaucoma: o primário de ângulo aberto; glaucoma secundário; o congênito (ou infantil) e o de ângulo fechado. Esse último é muito perigoso e pode cegar em até 24h. Ele provoca dor, náuseas e vômitos devido ao aumento brusco da pressão do olho. Nesses casos o paciente deve procurar o atendimento de urgência rapidamente”, alerta.
Para prevenir a doença, o médico recomenda consultas regulares ao oftalmologista. “De uma forma geral todos devem ir ao profissional pelo menos uma vez ao ano. Em se tratando de glaucoma, a partir dos 40 anos e com histórico familiar, mais de uma vez por ano. Importante ressaltar que as consultas devem ser com um médico oftalmologista, só ele pode examinar o fundo do olho detalhadamente e detectar a doença ainda em fases iniciais”, pontua o oftalmologista.