A construção da galeria
da zona Leste, obra que
faz parte do Plano de
Drenagem de Teresina,
foi iniciada em outubro
de 2012 e seria um das
medidas para solucionar
o problema de alagamento
na região. Orçada inicialmente
em R$ 28 milhões,
com recursos oriundos do
Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC),
do Governo Federal e da
Prefeitura de Teresina,
os custos já chegam a R$
47 milhões e apenas 10%
da obra foi concluída. A
galeria deve ter um total
de sete quilômetros de
extensão.
Segundo o titular da
Superintendência de
Desenvolvimento Urbano
da zona Leste (SDU/
Leste), Francisco Canindé,
a construtora paralisou a
obra após encontrar dificuldades
com o rebaixamento
dos lençóis de água,
que não estavam previstos
no projeto. Por conta disso,
foi necessário fazer um
novo aditivo para incluir
este trecho no projeto e,
assim, dar andamento à
construção.
O aditivo para o rebaixamento
dos lençóis de
água encontrados já foi
solicitado e custa R$ 3,3
milhões, mas a Caixa
Econômica Federal ainda
está concluindo a análise
do custo. “A construtora
alegou dificuldades financeiras
de manter a obra,
disse que o aditivo financeiro
que ela havia solicitado
estava tramitando na
Caixa Econômica Federal,
e comunicou a paralisação.
Mas nós estamos
conversando com a construtora,
para que ela
finalize aquele local que já
está quase concluído, que
é na Rua Alzira Pedrosa
e Falcão Costa, que falta
colocar o calçamento”,
disse.
Este serviço deve ser iniciado
ainda esta semana e
o cronograma de execução
da obra será avaliado,
bem como os novos prazos.
Entretanto, Francisco
Canindé explica que, se a
construtora sinalizar que
não tem condições de continuar
com a construção
da galeria, o contrato será
rescindido e feito um novo
processo licitatório.
“Essa é uma obra problemática,
que vai avançando
e vai encontrando
novas dificuldades, tanto
que, na última licitação,
apenas essa construtora
apresentou interesse.
Desde que a obra começou,
já foram feitas duas licitações.
Na primeira, a
construtora executou
um trecho e desistiu. Em
2013, foi retomada, mas a
empresa também encontrou
dificuldades, e essa
outra construtora também
não está mais com interesse
em continuar com
a obra. Então, queremos
apenas finalizar o que
já foi começado e depois
ver quais os outros procedimentos
que podemos
tomar”, admite.
O superintendente
relata que a construtora
chegou a comunicar que,
em 2016, poderá haver
atrasos na obra, devido
à crise econômica e problemas
técnicos, atrasando
consideravelmente
a finalização da galeria.
Segundo o cronograma
feito pela construtora há
cinco meses, em dezembro,
a obra já teria avançado
até a Avenida Homero
Castelo Branco; porém,
devido às dificuldades,
ainda não se aproximou
nem da Avenida João
XXIII.
Os bairros contemplados
com a construção
da galeria devem ser:
Recanto das Palmeiras,
Morada do Sol, Santa
Isabel, Piçarreira, São
Cristóvão, Jóquei e Horto
Florestal e Noivos.
Foto: Elias Fontenele/ODIA