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Incêndios: SEMAR publica portaria e proíbe queima controlada no Piauí

Tendo registrado mais de 4.500 focos de incêndio somente entre agosto e setembro de 2021, o Piauí vive uma situação crítica no que respeita à destruição de área verde e ocorrência de queimadas. A situação já é considerada crítica pelo Corpo de Bombeiros em cidades como São Raimundo Nonato, Santa Filomena e Canto do Buriti.


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Por conta do recorde de incêndios e buscando meios de amenizar a situação no Estado, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) publicou portaria, nesta semana, proibindo temporariamente a queima controlada em todo o Piauí. A medida entrou em vigor no último dia 23 (quinta-feira) e vale até o dia 30 de novembro.


Foto: O Dia

O objetivo principal é diminuir a quantidade de focos de incêndio que, atualmente, vêm consumindo grande parte das áreas de mata e floresta no Piauí, trazendo prejuízos para o meio ambiente e colocando vidas em perigo. O levantamento feito pela própria SEMAR dos danos causados pelo incêndio em São Raimundo Nonato aponta que a área destruída equivale a 4 mil campos de futebol.

Os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que o Piauí ocupa o terceiro lugar do Brasil em quantidade de focos de incêndios. “Os números mostram aquilo que estamos vendo na prática, a maioria dos municípios do Sul do Estado estão se desdobrando para apagar os incêndios que a todo instante aparecem em diversos lugares. Eles são provocados pelo homem, fruto de nossas práticas culturas de queima do lixo, da retirada do mel e da queima de áreas para plantio”, explica a secretária estadual do Meio Ambiente, Sádia Castro.


Sádia Castro é secretária do Meio Ambiente do Piauí - Foto: O Dia

A punição para quem desobedecer o que determina a portaria da SEMAR é de um a três anos de reclusão, além de multas. Outras medidas administrativas também podem ser tomadas. O período de proibição da queima controlada poderá ser prorrogado se as condições climáticas e meteorológicas se apresentarem desfavoráveis para o emprego do fogo.