Portal O Dia - Últimas notícias sobre o Piauí, esportes e entretenimento

Jornal O DIA: a força do jornal impresso e o poder na comunicação

Todos os dias, histórias são contadas nas páginas do Jornal O DIA. Textos que trazem, em sua essência, um pouco da historicidade e da transformação que a sociedade e a época passam diariamente. Em suas páginas, não é permitido erro. Cabe àquele que escreve, o compromisso de apurar, com afinco, todas as informações. Afinal, diferente da mídia online, não há como editar o que foi publicado. Assim, há 72 anos, o O DIA segue sendo referência de responsabilidade e credibilidade.

A professora e pesquisadora Ana Regina Rêgo coordena o Projeto Memória do Jornalismo (Nujoc), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e enfatiza a importância da imprensa como um monumento e instrumento de investigação científica, uma vez que aborda temas de diversas áreas. Ela também cita que o O DIA se destaca ao longo desses 72 anos de existência, não somente por atravessar os séculos XX e XXI, mas por ser um canal de denúncia e por levar, em suas páginas, um pouco da história, que é usada como fonte de pesquisa e estudo. 

“O Jornal O DIA é o mais longevo e tem sua importância, tanto no sentido histórico, como fonte e objeto de pesquisa para todas as áreas. Além disso, os meios de comunicação têm uma importância social que é fazer denúncias e provocar mudanças na esfera pública. Neste período, onde vemos o jornalismo em suspensão e a sociedade buscando informações falsas nas redes sociais, ter um veículo de comunicação que trabalha com informação de qualidade é de muita importância”.


Ana Regina Rêgo: "o jornalismo está se reinventando" - Foto: Jorge Machado/Jornal O Dia

Para Ana Regina, o jornalismo tem sua relevância enquanto instituição social, uma vez que pauta temas de interesse público, especialmente aqueles que visam atender os anseios da população. Entrar para a história vai além de relatar o simples fato, está no modo como a temática é abordada e construída pelos meios de comunicação. 

“Quando vemos algo de grande relevância, que termina pautando a mídia, esse evento vai se transformar em algo que interfere no marco histórico. Não é só o fato em si que dá relevância, é a construção do fato nos meios de comunicação que vai fazer com que ele passe com um certo olhar para a historiografia. O jornalismo está se reinventando paulatinamente, até por conta dessa importância do contexto social, de não só dar voz a quem não tem voz, mas também para construir um certo processo de civilidade e do contrato social ético. Quando o jornalismo puro se coloca à serviço do público, nós prestamos um serviço de levar uma informação de qualidade à sociedade, de levar denúncia, de atuar como fiscalizador dos Três Poderes”, pontua a pesquisadora Ana Regina Rêgo.

Responsabilidade com a apuração e referência para o social

Há 25 anos, o jornalista e editor Marco Vilarinho contribui com o Jornal O DIA, especialmente nas pautas culturais. Por mais de duas décadas, ele coloca nas páginas do impresso seu conhecimento e sensibilidade, levando ao leitor textos que soam como poesia. Tanto cuidado e apreço com as palavras resultaram em reportagens que viraram fonte de pesquisa, lhe rendeu premiações e convites para eventos culturais. 

“É um prazer enorme ter vivenciado 25 anos de trabalho no Jornal O DIA, porque foi aqui que pude aprender o que realmente é Jornalismo, a responsabilidade com a matéria, bem como elaborar trabalhos que serviram de base para ensino em várias escolas e faculdades. Ao longo desse tempo eu já ganhei muitos prêmios, meu trabalho foi muito valorizado pela direção do jornal. Através do Jornal, conheci muitos estados, recebi inúmeros convites para participar de eventos culturais e voltado para as comunidades”, disse.

Marco Vilarinho pontua também que, ao comemorar 72 anos, o Jornal O DIA se torna um marco para a comunicação, não somente por levar informação de credibilidade, mas por superar as diversas crises vividas ao longo da história.

“Só um veículo com muita credibilidade pode chegar a essa idade, porque o jornal já atravessou inúmeras crises e conseguiu galgar inúmeros obstáculos, então, para mim, o Jornal O DIA é uma referência quando se fala em comunicação, não somente pela credibilidade que angariou ao longo desses anos, mas pela persistência em continuar, enquanto outros veículos fecharam, e o O DIA continua até hoje com muita aceitação”, destacou o jornalista. 


Marco Antônio Vilarinho está há 25 anos no Jornal O Dia  - Foto: Jailson Soares/O Dia

Confiança no que está escrito

Com as Fake News cada vez mais presentes, especialmente por conta das tecnologias, tornou-se até um desafio saber se a notícia que chega na palma da sua mão é, de fato, real. A falta de apuração e a busca pela audiência ou cliques andam lado a lado na disseminação de informações incompletas ou equivocadas. Um jornalismo de qualidade preza pela construção de matérias com dados precisos, buscando todos os lados. É isso que fará o leitor ter confiança naquilo que está escrito.

Não é à toa que Jodaci Manoel de Sousa (80) é assinante do Jornal O DIA há 35 anos. Sua história com O DIA iniciou no dia 30 de julho de 1987, quando fez a assinatura do impresso. Para ele, a boa apuração é fundamental, tanto para o jornalismo como para a sociedade.

“Por isso eu continuo assinante, porque eu tenho as informações corretamente. Até tenho assinatura de outro jornal, porém, vejo que há uma certa politicagem, e no O DIA eu vejo muita confiança nas notícias divulgadas ao longo de todos esses anos”, cita. 

Mesmo após tanto tempo, alguns hábitos nunca mudam, como tomar café da manhã lendo as principais informações do dia, especialmente da editoria de Política. Mas, Jodaci Manoel confessa que não sai de casa sem dar aquela conferida no Horóscopo.

“É questão de hábito, e, como um bom virginiano, sou muito perfeccionista. Só saio de casa depois de ler o Horóscopo. Sempre tive o hábito de ler jornal impresso, desde os 17 anos, e mantenho até hoje. Veio a informatização, mas eu não desprezo o impresso. Gosto de ler e reler quantas vezes quiser, e devo até confessar que gosto porque sinto uma certa dificuldade com o online”, destacou o assinante. 


Jodaci Manoel de Sousa, assinante do Jornal O Dia há 35 anos - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Há quase 60 anos, Magno Pires contribui com o Jornal O DIA com o envio de artigos. Uma parceria que começou em 1967, quando ainda morava em Recife (PE) e tornou-se correspondente. Segundo ele, a liberdade de expressão e a autonomia em escrever sobre qualquer tema, demonstra como o O DIA respeita a opinião pública e de seus leitores/assinantes, ainda que haja divergências.

“Nenhum de meus textos foi recusado ou censurado ao longo de todos esses anos. Isso dá segurança e liberdade para eu me expressar. Além de fazer artigos, também faço matérias de Política e Economia, mas dentro da minha independência. A internet não substitui o impresso, até podem ter diminuído a tiragem, mas não acaba. Eu leio jornal todo dia e minha paixão é a editoria de Política”, enfatizou Magno Pires, assinante e articulista do Jornal O DIA.


Magno Pires é assinante e articulista do Jornal O Dia há 60 anos - Foto: Assis Fernandes/O Dia