De acordo com a delegada Tânia Miranda, apenas uma adolescente está sendo ouvida hoje no HUT. Depois de colher o depoimento da vítima, os três delegados que acompanham o caso irão conversar com a adolescente que está internada em um hospital particular da capital. " Depois que sairmos daqui, vamos conversar com a outra vítima. Não foi possível pegar o depoimento das outras duas adolescentes", disse a delegada.
Os detalhes sobre o depoimento ainda não foram divulgados pela delegada do Núcleo de Feminicídio. Acompanham o depoimento os delegados Anamelka Albuquerque e Laércio Evangelista.
Atualizada ás 16:01
A delegada Tânia Miranda, do Núcleo de Feminicídio, está no Hospital de Urgências de Teresina (HUT) para colher o depoimento de duas das adolescentes vítimas do estupro coletivo em Castelo do Piauí. Esta é a segunda visita da delegada. O primeiro contato foi apenas para preparar as vítimas para os depoimentos oficiais. De acordo com ela, o objetivo da visita é comprovar a série de fatos que já existem sobre o caso.
Fotos: Jailson Soares/ ODIA
A delegada esteve em contato permanente com psicólogos e assistente sociais que atendem as vítimas para ter condições de formalizar os depoimentos. A adolescente internada em um hospital particular da capital também vai ser ouvida.
O Delegado responsável pelo caso, Laércio Evangelista, está acompanhando o depoimento das vítimas e não falou com a imprensa na chegada ao HUT na tarde de hoje (05).
Enquanto a delegada Tânia ouve as vítimas, o diretor clínico do HUT, Fábio Marcos, deu informações sobre o quadro de saúde de três adolescentes internadas no hospital. Uma das vítimas já recuperou a consciência e está relativamente bem, segundo Fábio. "Ela ainda está um pouco sonolenta e fala pouco, apenas frases curta e isso pode prejudicar o depoimento hoje. A adolescente que saiu da UTI recentemente oscila bastante no quadro de saúde e isso exige cuidados a todo momento", diz Fábio Marcos.
A Ordem dos Advogados do Brasil também acompanha as vítimas durante o depoimento à delegada Tânia. " A OAB está acompanhando o inquérito e todo o processo do caso dessas meninas, e vamos exigir que isso seja investigado de forma rápida porque este crime não pode ficar impune", disse João Washington Melo.