Os ônibus em Teresina estão em greve há mais de um mês e a paralisação continua mesmo após a Prefeitura Municipal de Teresina decidir parcelar a dívida de quase R$ 22 milhões que possui com os empresários. A fim de encontrar uma solução, a categoria se reuniu com o Sintetro nesta quarta-feira (10) para saber sobre os repasses, mas os trabalhadores saíram sem respostas.
"Ficou decidido que o Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina) não tem interesse em resolver a situação e a prefeitura também não toma providências. Hoje, o presidente do Setut terá uma conversa com o presidente do Sintetro (Sintetro Sindicato dos Trabalhores Empresas de Transportes Rodoviários) para tentar chegar em um acordo para suspender a greve em pelo menos três meses", afirma o motorista Antônio Cardoso.
Uma nova reunião está prevista para a tarde desta quinta-feira (11) com os empresários do Consórcio Poty e Consórcio Urbanus a fim de escutar as propostas da categoria. Caso o acordo seja feito, a categoria volta a trabalhar e deve receber o valores que estão em atraso nos próximos mesmo. Assim, pelos próximos três meses, os órgãos responsáveis irão negociar as questões referentes aos direitos dos trabalhadores e assinar a convenção.
"Eles estão recontratando os trabalhadores, que já haviam sido mandado embora, para trabalharem por hora, sendo que é R$ 6 a hora trabalhada. Enquanto isso, nós e os passageiros estamos sendo prejudicados", conclui.
Outro lado
O Setut informou ao PortalODia.com que desde o início do movimento grevista, segue uma busca de uma negociação com o Sindicato dos motoristas e cobradores e com a Prefeitura de Teresina, a fim de o impasse seja resolvido.
"No momento, a entidade está aguardando o repasse financeiro da Prefeitura e buscará mais recursos, através do sistema bancário, para poder efetuar o pagamento das folhas de janeiro e fevereiro", afirma Setut.
Ao colocar em dia os salários dos trabalhadores, o Sindicato das empresas aguarda que a greve seja suspensa e a frota de ônibus volte a circular em sua normalidade.