ViInicia nesta segunda-feira (26) o pagamento do Piauí Auxílio, benefício voltado para trabalhadores desempregados e pequenos empreendedores dos setores de bares, restaurantes e eventos do estado. Ao todo, são mais de R$ 4 milhões disponibilizados para o pagamento do benefício, que irá aliviar os efeitos socioeconômicos derivados da pandemia da Covid-19.
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Na última sexta-feira (23), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Piauí (SDE) divulgou que mais de 7.600 cadastros foram registrados no portal da SDE para concessão do benefício. Destes, 4.016 foram aprovados e devem receber o valor correspondente a R$ 1.000 pago em parcela única. O pagamento será realizado até sexta-feira (30).
Em entrevista à O Dia TV, o conselheiro fiscal da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Piauí (Abrasel), Vitor Bezerra, avaliou que o benefício é insuficiente para aliviar as perdas do setor, tanto para os trabalhadores quanto para os empresários. "Pouca gente vai ser beneficiada. O setor demitiu bastante, esse pessoal que recebeu seguro desemprego, que tiveram suspensos os contratos de trabalho ou tiveram a carga horária reduzida, em que o Governo Federal completou a renda, todo esse pessoal está excluído do benefício", pontua.
Segundo ele, o valor de R$ 1 mil destinado aos pequenos empreendedores também não irá amenizar os prejuízos acumulados ao longo da pandemia. "Não resolve os problemas, não ajuda e nem ameniza nada. É um valor insignificante que não chega a ser um salário mínimo", afirma.
Outra queixa do representante da Abrasel diz respeito à flexibilização do funcionamento de bares e restaurantes durante o sábado, mas com o fechamento dos estabelecimentos na segunda-feira. "A gente está perdendo um dia todo de trabalho na segunda por meio sábado. Se fosse um sábado completo, teríamos um ganho real, mas com a perda de uma segunda inteira por meio sábado o setor sai prejudicado com essa medida", completa.
Foto: Bruno Concha/Secom/Fotos públicas
Vale lembrar que estão aptos a receber o benefício apenas os profissionais dos segmentos mencionados anteriormente que foram demitidos nos últimos seis meses e estão sem receber qualquer tipo de auxílio previdenciário, assistencial ou seguro-desemprego, bem como a micro e pequenos empreendedores que possuam Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) específicos.