Após 15 meses de
pandemia, o Piauí atingiu a triste marca de 6 mil mortes em decorrência da
covid-19. Com o pico da segunda onda em 2021, o ano registrou mais da metade dos
óbitos por causa da doença, com cerca de 3.150 vidas perdidas em seis meses. Segundo
o Painel Epidemiológico Covid, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), foram
contabilizadas mais 21 mortes em 24 horas, sendo 15 óbitos acumulados de
períodos anteriores e que estavam em investigação epidemiológica.
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Entre os 224 municípios do estado, apenas dois ainda não registraram nenhum óbito pela doença, são eles: Massapê do Piauí e São Luís do Piauí. Em relação ao perfil das vítimas, 3.392 eram homens e 2.627 eram mulheres, com três a cada quatro mortes ocorrendo na faixa etária acima dos 60 anos. Do total de óbitos, quase metade (47,55%) eram pacientes com alguma cardiopatia, incluindo hipertensão.
Fotos: Valdo Leão / Fotos Públicas
Pelas redes sociais, o governador do Piauí, Wellington Dias, lamentou a marca de 6 mil mortes e reiterou a importância da vacinação contra a covid-19 para impedir o avanço da doença no país e, consequentemente, reduzir a taxa de mortalidade. “Aumenta a responsabilidade de seguir na luta pelo que também pode salvar vidas, que são mais vacinas. É o caminho seguro. As outras medidas preventivas que adotamos são necessárias, mas a alternativa definitiva são os imunizantes”, afirmou.
O governador também destacou que o atraso e o descaso do Brasil em não priorizar a compra de vacinas é a causa de tantas vidas perdidas. “Um sentimento de muita dor, em meio a estes seis mil óbitos. Também perdi familiares, amigos, servidores públicos, pessoas queridas. Sei o que as outras pessoas sofrem, é uma grande dor. O atraso e descaso do Brasil em não priorizar mais vacinas levou a esta tragédia. E o Piauí também pagou com vidas. Muita força de Deus para os que amargam a dor da ausência de pessoas queridas”, disse.
Casos confirmados
Até o momento, o Piauí já registrou 276.655 casos confirmados de covid-19. Somente nas últimas 24 horas, foram 675 casos confirmados, sendo 350 mulheres e 325 homens, com idades entre um e 95 anos. Apesar de não ser o grupo de maior risco para óbito, a população jovem continua a ser um dos principais vetores da doença, já que 41% de todos os casos confirmados no estado são de pessoas com idades entre 20 e 39 anos. Já as mulheres são as que mais testam positivo para a doença, representando 54,9% de todos os diagnósticos.