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Justiça proíbe transporte alternativo intermunicipal de circular no Piauí

Motoristas do transporte alternativo intermunicipal do Piauí estão reunidos na manhã de hoje (20) em frente ao Palácio de Karnak protestando contra a suspensão do serviço pela justiça. É que uma decisão liminar monocrática expedida pelo desembargador José James Gomes Pereira, do TJPI, determinou que o Governo do Estado se abstenha de emitir qualquer autorização para o funcionamento do transporte alternativo intermunicipal devido ao fato de empresas não licitadas estarem operando no setor.


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Foto: Jorge Machado/O Dia

A decisão do Tribunal de Justiça acata uma ação movida pelo Sindicato das Empresas de Ônibus do Estado do Piauí (Sineônibus) contra o decreto estadual do último dia 11 de novembro que autorizou a Secretaria de Transportes a credenciar e expedir autorizações e ordem de serviços aos permissionários de transporte intermunicipal alternativo. O que o Sineônibus alega é que o decreto autoriza a Setrans a emitir autorizações precárias e vão contra decisões anteriores do próprio TJ e do STF.


Foto: Jorge Machado/O Dia

O presidente da Cooperativa Mista de Transporte Alternativo do Piauí (Comitapi), Miranda Neto, explica que o transporte alternativo no Estado não pode parar, uma vez que atende hoje mais de 3 mil pessoas em 117 cidades piauienses. “Cabe ao governo dizer quem trabalha e quem não e as empresas que estão tentando nos impedir de trabalhar não têm licitação. Elas são antes da Constitutição de 88, do direito adquirido, e foram vendidas e compradas”, afirmou Miranda Neto.


Miranda Neto é presidente da Cooperativa Mista de Transporte Alternativo do Piauí - Foto: Jorge Machado/O Dia

Os representantes da Comitapi já conseguiram iniciar um diálogo com representantes do Karnak no sentido de chegarem a um entendimento. O que a categoria cobra é sensibilidade por parte do Estado para sanar o problema e permitir que as vans do transporte alternativo intermunicipal voltem a operar normalmente.

“Queremos equilibrar o discurso e que façam uma licitação só, porque estas 12 empresas que estão entrando na Justiça contra nós não existem mais no Piauí, já foram vendidas e compradas depois de todo o processo licitatório feito”, finalizou o representante da Comitapi.