Em manifestação em frente ao Palácio de Karnak, policiais e bombeiros militares do Piauí se reuniram para reivindicar reposição salarial de 19,76%, referente aos anos de 2015, 2018 e 2019. Os agentes solicitam ainda melhorias no trabalho.
“Todos os dias vemos os policiais empurrando os carros ou carro sendo rebocado, mas também são pagos milhões de reais de aluguel de carros todo mês. Infelizmente, estamos vivendo o sucateamento da segurança pública, acabaram com o Ronda Cidadão, com o policiamento aéreo, monitoramento de Teresina. As viaturas estão sucateadas, quarteis caindo aos pedaços, policiais precisando de tudo, não tem dinheiro nem para sustentar a família”, lamenta o presidente Associação dos Oficiais Militares do Estado do Piauí (Amep), Diego Melo.
O subtenente Francisco Martins, presidente do Clube dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar, lembra que a categoria não está pedindo aumento salarial, e sim os direitos garantidos por lei.
“Desde 2015, o Governo do Estado insiste em não fazer a nossa reposição salarial. Não estamos nem pedindo aumento, só as perdas salariais. E ainda com a aprovação da Lei da Previdência, quem vai sofrer são os inativos e pensionistas, porque, em abril, vão voltar a pagar previdência no patamar de 9,5%”, diz o subtenente.
Policiais militares e bombeiros reivindicam reposição salarial de quase 20%. Foto: Assis Fernandes
Se nada for feito após a paralisação, os policiais pretendem entrar com uma ação contra o Estado, como explica o tenente Flaubert Rocha, presidente da Associação dos Bombeiros e Policiais Militares.
“Além da reposição inflacionária, existe também a situação da alíquota, porque os policiais militares da ativa eram para estar pagando apenas 9,55% e o Governo, de forma irresponsável, está descontando 14% dos salários. Estamos movendo uma ação no MP”, conta o tenente Flaubert Rocha.
Contraponto
Em nota, o Governo do Estado informa que está estudando uma proposta que, em breve, será apresentada para a categoria.