A
quadrilha que foi desarticulada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (12) aplicando
golpes por meio de aplicativos e sites de compra e venda podem ter dado um
prejuízo de até R$ 100 mil às vítimas. Isto, porque o grupo criminoso não era formado
somente pelas três pessoas hoje investigadas na Operação Péssimo Negócio.
Elas fazem parte de uma organização maior chefiada por Evitha Kelly da Silva Benício, que foi presa em novembro passado por praticar o mesmo tipo de crime em Teresina . Somando-se o montante arrecadado pelo grupo com a ajuda de Evitha e os R$ 40 mil conseguidos após a prisão dela, com a continuidade dos golpes, os desvios podem chegar a R$ 100 mil.
Delegado Anchieta Nery fala sobre as prisões realizadas nesta quinta-feira (12). Foto: Elias Fontenele.
A informação foi repassada pelo delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. Foram presas hoje duas pessoas: uma mulher identificada como Daniele Sousa, e um motorista de aplicativo que não teve seu nome divulgado pela polícia , porque foi preso apenas em caráter temporário. Há uma terceira pessoa que está foragida, mas segundo o delegado, já está identificada e deve ser presa nas próximas horas.
O delegado Anchieta Nery explica o papel de cada um dos presos na organização criminosa. “A Evitha, presa em novembro, era a líder e mantinha contato com as vítimas. Ela se passava pelos compradores e criava a abordagem e as conversas se passando por pessoas conhecidas da sociedade piauiense. Já a Daniele era quem ficava de olho nos anúncios, escolhia as vítimas e forjava os documentos e comprovantes de pagamento. Já o motorista de aplicativo foi contratado um dia pra pegar um produtoe acabou entrando no esquema de forma recorrente, sabendo que se tratava de uma prática ilícita”, explica.
Daniele foi presa hoje em um condomínio na zona Norte de Teresina e o motorista de aplicativo na zona Sul. Os dois já foram encaminhados para o sistema prisional.