A vice-governadora Regina Sousa, que lidera grupo de trabalho criado no Piauí para implementação da logística reversa, seguindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, propôs que as empresas do Piauí recolham o próprio lixo produzido. A medida, segundo a gestora, é uma forma de auxiliar os municípios no cumprimento da legislação sobre o manejo de resíduos sólidos.
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“(Os municípios) não têm condições financeiras de fazer porque é muito caro. Então, o estado montou esse grupo de trabalho, com o TCE e o Ministério Público, junto com o executivo e iremos buscar a APPM para discutirmos como faremos para resolver. Temos que achar saídas e uma delas é a adoção da logística reversa, que são as empresas recolhendo o lixo que produz. Suas embalagens por exemplo”, afirmou a vice-governadora.
Foto: Ccom
Os órgãos que integram o grupo de trabalho assinaram nessa quarta-feira (24) um Termo de Cooperação Técnica com o objetivo de levar orientações aos municípios para a gestão adequada do lixo urbano, como a construção de aterros sanitários compartilhados e parceira com cooperativas de catadores de lixo.
No Piauí, de acordo com um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), 90% dos municípios possuem lixões a céu aberto. O dado preocupa o Ministério Público do Piauí, que questiona a situação de catadores que sobrevivem desses locais. Para a promotora de Justiça Aura Madruga é preciso atenção especial com essas pessoas.
“Nos chama atenção a situação dos catadores, que são valorosos nessa mudança, vimos eles se alimentam daquilo. Então, precisamos dar valor à nossa Constituição Federal. O escopo maior dela é a dignidade humana e o ambiente como aquele a gente está longe de encontrar uma dignidade. Mudar isso só se consegue através da força da união como estamos fazendo aqui”, disse a promotora.