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Sesapi confirma 4º caso de sarampo importado no Piauí

Foi confirmado nesta terça-feira (17) o quarto caso de sarampo importado no Piauí. A paciente é uma mulher de 21 anos, moradora de São Paulo, que esteve na cidade de Lagoa de São Francisco, a 194 km de Teresina, visitando familiares. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). 



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A jovem chegou ao Piauí durante o estágio de encubação da doença e começou a apresentar os primeiros sintomas durante a sua estadia no estado. Segundo a Sesapi, a jovem confirmou que havia entrado em contato com pessoas infectadas com sarampo em São Paulo. Após a confirmação do diagnóstico, a jovem retornou ao seu estado de origem.

O Piauí tem 16 casos notificados da doença, no entanto, apenas quatro foram confirmados até o momento. Os quatro pacientes confirmados com sarampo foram registrados nos municípios de Teresina, Campo Grande, Alagoinha do Piauí e Lagoa de São Francisco. 

O aspecto comum entre os casos confirmados é que todos os pacientes tiveram contato com o vírus originário no estado de São Paulo. Até agora, nenhum caso ocasionado por vírus com origem no Piauí foi confirmado pela Sesapi.

O bebê de um ano, morador de Campo Grande, esteve 45 dias em São Paulo com os pais, vindo a contrair a doença. O paciente de 21 anos de Alagoinha do Piauí teve contato com a criança de um ano e, por não estar imune, foi infectado. 

Ambos os pacientes foram diagnosticados no Hospital Regional de Picos. “Se você mantém contato e não é vacinado, está com a imunidade baixa, você vai contrair a doença”, explica a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.

Já o empresário de 53 anos diagnosticado em Teresina esteve em São Paulo em uma viagem a trabalho, contraiu a doença e apresentou os primeiros sintomas ao retornar para casa.

A coordenadora de Epidemiologia da Sesapi faz um apelo para que os pais levem os filhos para serem imunizados, para que novos casos sejam evitados. “Essa criança de um ano, que foi o nosso primeiro caso, estava em São Paulo com os pais, estava tendo a vacina, mas os pais não tiveram interesse de vacinar”, afirma.

A vacina contra o sarampo está sendo ofertada nas unidades de saúde em todo o estado. Pessoas com até 29 anos podem tomar a versão tríplice viral (que protege ainda contra caxumba e rubéola) nos postos da rede pública de saúde em duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. Dos 30 aos 49 anos, ela é aplicada em uma dose, exceto para profissionais de saúde, que devem receber as picadas duas vezes.

A partir o próximo mês, o Ministério da Saúde irá ofertar duas campanhas de vacinação. Na primeira etapa, no mês de outubro, serão imunizadas crianças a partir de seis meses aos cinco anos. Já as pessoas com idade até os 29 anos poderão ser imunizadas em novembro.

“A campanha deveria ser para toda a população, mas estamos trabalhando em cima de casos reais. A faixa etária de maior risco são pessoas com até 29 anos. Segundo os casos registrados em todo o país, o grupo com maior risco é até 29 anos”, comunica Amélia Costa.

O sarampo é uma doença que passa com facilidade de uma pessoa para outra por meio da fala, tosse e espirro. A vacina é a única forma de prevenção da doença. Entre os principais sintomas da doença estão: manchas no corpo (a começar pelo rosto), coceira, conjuntivite, febre, tosse persistente e infecção no ouvido.