As manchas de óleo que apareceram no litoral piauiense ao longo das últimas semanas e que neste feriado se intensificaram, já atingem pelo menos sete áreas do Delta Parnaíba. São elas: Ilha do Caju, Barra das Melancieiras, Ilha dos Poldros, Ilha das Canárias, Praia do Pontal, Praia de Caiçara e na praia de Tutóia.
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A informação foi confirmada pela Capitania dos Portos do Piauí, que, em conjunto com a Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) faz uma patrulha na manhã desta segunda-feira (18) para avaliar a extensão das manchas de óleo e os danos que elas podem causar. A expedição conta com um navio patrulha da Marinha do Brasil e aeronaves para fazer um levantamento com imagens aéreas.
“Vamos mapear e identificar essa área. O intuito dessa missão hoje é justamente traçar as estratégias sobre alguma possibilidade de contenção, alguma outra ação que iniba os danos ambientais”, explica o auditor fiscal ambiental da Semar, Francisco Mascarenhas.
Francisco Mascarenhas, auditor fiscal ambiental da Semar - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Sete praias já foram afetadas pelas manchas de óleo em toda a faixa litorânea do Piauí. São elas: praia de Atalaia, Coqueiro, Pedra do Sal, Arrombado, Peito de Moça, Cajueiro da Praia e Pontal. Em três destas a situação é considerada mais grave, o que levou a Semar a recomendar que os banhistas evitem a água. Trata-se da Praia Peito de Moça e da Praia de Atalaia, em Luís Correia; e da Praia Pedra do Sal, em Parnaíba.
Desde o dia 28 de setembro, quando começaram a aparecer as primeiras manchas de óleo no litoral piauiense, já foram retiradas das praias do Estado cerca de 3,5 toneladas de resíduos. O material, por ser considerado perigoso e poder causar danos à saúde, está sendo acondicionados e encaminhado para áreas de restrito sob responsabilidade das prefeituras dos municípios afetados.
O representante da Semar alerta que os banhistas devem respeitar as placas de proibição de banho e evitarem entrar no mar em áreas para onde foi emitido alerta. Foram colocadas placas de sinalização nas praias Peito de Moça, Atalaia e Pedra do Sal, mas mesmo assim, segundo Francisco Mascarenhas, há registros de pessoas que entraram no mar e desenvolveram reações adversas após contato com a água contaminada pelo óleo.
“Temos relatos de banhistas na praia Peito de Moça e em Atalaia que tiveram reações alérgicas após adentrarem no mar e tudo isso pode ter sido consequência do óleo. Lá em Atalaia inclusive aconteceu um fato lamentável: uma das placas foi tirada do local, não se sabe se por desconhecimento ou ato criminoso. Mas isso é grave e as pessoas devem seguir as recomendações dos órgãos competentes”, finaliza Francisco.