A taxa de desocupação no Piauí apresentou queda pelo segundo trimestre consecutivo neste ano de 2022. A informação consta na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (12). Os dados apontam que a taxa de desocupação no Estado foi de 9,4% no segundo trimestre do ano, uma redução de 2,9% em relação ao primeiro trimestre, quando 12.3% dos piauienses estavam sem uma ocupação.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi ainda maior: 5,9%. E, números absolutos, no segundo trimestre do ano o Piauí tinha 135 mil pessoas desocupadas. Comparando este número com os 178 mil que estavam desocupados no começo do ano, a queda foi de 24,1%. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2021, a queda foi de 38,7%. No segundo trimestre do ano passado, o Estado tinha 221 mil pessoas desocupadas. Em um ano, 85 mil pessoas saíram da estatística da desocupação no Piauí.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Após ter apresentado queda, a taxa de desocupação no Piauí no segundo trimestre de 2022 ficou inferior à taxa média da região Nordeste. A região teve taxa média de desocupação na casa dos 12,7%. O Estado da Bahia foi o que apresentou a maior taxa de desocupação da região, com 15,5%.
A menor taxa de desocupação do Piauí na série histórica iniciada em 2012 foi a registrada no quarto trimestre de 2014, quando o Estado atingiu 6%, com cerca de 90 mil pessoas desocupadas. Assim, a taxa de desocupação verificada no segundo trimestre deste ano (9,4%) está 3,9% acima da menor taxa verificada, com cerca de 45 mil pessoas desocupadas a mais.
Rendimento do trabalhador aumentou
Se por um lado a taxa de desocupação no Piauí diminuiu pelo segundo trimestre consecutivo, o rendimento médio do piauiense aumentou R$ 160,00 no mesmo período tendo saído de R$ 1.699,00 para R$ 1.859,00. O aumento foi de R$ 9,4%. O volume total de rendimentos das pessoas ocupadas no Piauí também subiu, saindo de R$ 1,96 bilhão no segundo trimestre de 2021 para R$ 2,31 bilhões no segundo trimestre de 2022.
Apesar dos dados serem considerados positivos pelo IBGE e a taxa de desocupação no Piauí ter reduzido novamente, a taxa de informalidade no Estado aumentou. De acordo com a PNAD, comparando o segundo trimestre de 2022 com o mesmo período de 2021, houve aumento de 40,9% na ocupação sem carteira assinada. No primeiro trimestre deste ano, as pessoas sem vínculo empregatício formal representavam 43% do total de pessoas ocupadas no Piauí. No segundo trimestre, a participação relativa desse público subiu para 53%.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
O crescimento do emprego informal também foi expressivo no setor público do estado, quando comparamos o segundo trimestre de 2022 ao mesmo trimestre do ano anterior. Assim, nesse período, registrou-se um incremento da ordem de 77,2% no quantitativo de pessoas contratadas sem carteira assinada, o que representou cerca de 42 mil pessoas a mais ocupadas no setor público.
Contudo, na contramão da informalidade no estado, comparando-se o segundo trimestre de 2022 com o mesmo trimestre do ano passado, verificou-se um incremento das pessoas ocupadas como empregadores (empresários) com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou seja, um aumento da formalização da ocupação nesse segmento. Assim, no primeiro trimestre de 2021, havia cerca de 18 mil empregadores formais no estado, tendo passado para 31 mil empregadores formais no segundo trimestre deste ano, o que representou um incremento de 70,3%.