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Vacina covid: CGU investiga piauienses usando nomes de mortos para furar fila

A Controladoria Geral da União (CGU) está investigando supostas irregularidades praticadas por piauienses para furar a fila da vacinação contra a covid-19. Segundo levantamento feito pelo órgão, há registros de gente que usou nome de pessoas já falecidas para conseguir se vacinar; e há também casos de gente fora dos grupos prioritários que usou documentos de gente mais velha para se dizerem idosos e conseguirem se imunizar antes do tempo previsto no calendário.

Em conversa com o Portalodia.com, o superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Benvindo, explicou que foi feito um cruzamento entre as informações enviadas sobre o público algo pelas administrações e os registros de vacinação. Trata-se de uma ação que acontece a nível nacional no âmbito da fiscalização da distribuição e aplicação de doses.


Foto: O Dia

"Aqui no Piauí o que mais chamou a atenção foi basicamente pessoas falecidas que tiveram seus documentos usados por outras pessoas em suposta fraude e também de pessoas que, a princípio, receberam mais de duas doses de vacina. Pessoas que o nome aparece três vezes nos registros. Obviamente que só pode aparecer duas vezes. Se aparecer três, pode ou ser erro de preenchimento ou fraude", explica o superintende.

Ele esclarece que a fase atual da investigação é de levantamento e análise dos dados coletados com o cruzamento de informações entre por órgãos públicos. Caso seja identificado o fraudador da fila de vacinação, essa pessoa estará sujeita a sanções legais. A primeira é pelo crime de falsidade ideológica. No caso de participação de servidores públicos ou agentes de imunização, eles também poderão sofrer sanções administrativas.

"Essa parte é mais com a Justiça e o Ministério Público. Cabe a nós da CGU apontar onde houve irregularidades e dizer se houve conivência do sujeitos da adiminstração pública em algum momento. É uma coisa ainda muito preliminar e não podemos ainda dizer que o erro é concreto. Estamos apurando para apontar ações e sujeitos ilícitos", finaliza o dr. Hélio Benvindo.