Atualização às 18h30
A tropa de choque da Polícia Militar entrou no Centro Educacional Masculino por volta das 17h30 para controlar a rebelião. Antes, os adolescentes rebelados negociaram o fim do motim com a juíza Maria Luíza de Moura, titular da 1ª Vara da Infância e Adolescência.
Rebelião de adolescentes teve início por volta das 15h30 (Foto: Jailson Soares / O DIA)
De acordo com a coronel Júlia Beatriz, que é coordenadora de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, além de exigir melhorias na estrutura do CEM, os adolescentes reivindicaram que a Justiça faça uma revisão dos processos de cada um dos internos, pois eles afirmam que muitos deles já deveriam ter sido liberados da unidade de internação.
"Depois dessa negociação, que foi um pouco tensa, a gente conseguiu que eles nos ouvissem. Nós os ouvimos também, conseguimos chegar num acordo e o refém já foi liberado. Eles [policiais da tropa de choque] estão fazendo o procedimento padrão [...] Os adolescentes estavam reivindicando algumas melhorias e que as sentenças sejam revistas, para que eles tenham o direito deles garantido. E foi dada essa garantia pra eles. A partir de amanhã vai ser feito um mutirão pela promotora, pela juíza e pelo defensor público, para analisar o processo de cada interno. Eles alegam que alguns já estão com a sentença vencida. E a juíza garantiu que vai rever e vai ser solucionado, se algum estiver realmente nessa situação", afirma a coronel Júlia Beatriz, que é coordenadora de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar.
A coronel Júlia Beatriz, coordenadora de Gerenciamento de Crises da PM-PI (Foto: Jailson Soares / O DIA)
Notícia original, publicada às 16h55
Uma rebelião teve início no Centro Educacional Masculino, em Teresina, por volta das 15h30 desta quarta-feira (29).
De acordo com informações preliminares coletadas pela reportagem do portal O DIA no local, a revolta teria começado na ala B do centro de internação.
Um dos educadores do centro está sendo mantido refém pelos adolescentes. Eles queimaram alguns colchões e jogaram pedras por cima dos muros da unidade.
Os adolescentes estariam reclamando da escassez de comida e da falta de ligações para familiares.
A coronel Júlia Beatriz está conversando com alguns dos internos para tentar controlar a revolta dos internos. A tropa de choque da Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e várias viaturas policiais foram destacadas para o local.
Segundo a coronel Elza Rodrigues, cerca de 50 internos de várias alas estão envolvidos na rebelião.
Eles estão reunidos em um pavilhão e solicitaram a presença de representantes dos direitos humanos e de uma juíza.
"Uma juíza e um defensor público estão dentro do CEM conversando com os adolescentes. Não sabemos ainda o que motivou a rebelião", afirma a coronel.
De acordo a PM, o agente penitenciário mantido como refém está bem e não foi ferido pelos internos.