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Advogada diz que simulação da morte de Izadora Mourão diverge da perícia

O vídeo da simulação do assassinato da advogada Izadora Mourão  divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Vítima (DHPP) diverge da perícia técnica realizada no local do crime, defende a advogada de defesa, Esmaela Macêdo. Ao Portal O Dia, a advogada comentou que a divulgação ocorreu de forma ilegal, contudo, as imagens reforçam os argumentos da defesa. 

“A perícia que foi realizada e juntada até a audiência de instrução conta apenas com um indivíduo na quarto onde aconteceu o crime. A perícia foi juntada pelos peritos no prazo legal e somente no dia da audiência de instrução é que juntaram essa animação”, disse Esmaela

A advogada questiona ainda a legalidade da divulgação, já que o processo tramita em segredo de justiça. Na audiência de instrução, realizada na última quarta-feira (23), o juiz reforçou o sigilo das informações. Por outro lado, a defesa afirma que a divulgação das imagens reforça que apenas uma pessoa cometeu o crime.


“A animação é muito mais favorável para a defesa. A promotoria defende que os dois participaram do ato. No vídeo, apenas um está com a faca. O vídeo é contraditório a tudo que foi apresentado. Na animação a Dona Maria Nerci está atrás do corpo e o sangue para cair da roupa dela teria que cair também no chão. Era para ter vários respingos no chão e não tem”, explica. 

Esmaela Macêdo, porém, releva que a defesa não deve apresentar qualquer recurso por conta da divulgação. Ela disse estar satisfeita com a instrução processual e com as provas colhidas pela perícia técnica, que não comprovam a presença de João Paulo na cena do crime e de que uma pessoa do porte de Maria Nerci poderia ter cometido o ato. 

“Polícia investiga, perícia comprova. O que a polícia de forma brilhante tentou comprovar, a perícia não comprovou. Vai chegar o momento certo para provamos o que de fato aconteceu”, finalizou. Na audiência da semana passada, a defesa apresentou a confissão da mãe da vítima, Maria Nerci, que assumiu a autoria do assassinato. 

O crime

A advogada Izadora Mourão foi morta a facadas dentro de casa no município de Pedro II, no sábado, dia 13 de fevereiro. A família alegou que uma mulher não identificada teria entrado no quatro da advogada e cometido o crime. Porém, dias depois, o irmão da vítima, o jornalista João Paulo Mourão, foi preso como principal suspeito do crime.

A polícia apura se a herança deixada pelo pai da advogada seria o motivo do crime.