Uma operação policial deixou suspeitos de crimes temorosos na Vila Bandeirantes, na zona Leste de Teresina, nesta terça-feira (20/12). Isso é o que revelam áudios compartilhados pelos indivíduos em conversas privadas e grupos no aplicativo WhatsApp aos quais o Portal O Dia teve acesso (ouça abaixo)
Nas mensagens é possível perceber a articulação que os suspeitos realizam para comunicar ao maior número de parceiros possíveis da presença dos policiais em áreas estratégicas do bairro. Em um dos áudios, um suspeito chega a citar o nome do coordenador do Grupo de Apoio Operacional (GAO), da Polícia Civil, Joatan Gonçalves.
“Rapaziada, o menino disse aqui que aí é o Joatan, viu, que está nessa esquina lá de casa. É o Joatan. Disse que eles estão de carro, moto, tudo disfarçado. Está empestado aí. Deram um baculejo num menino lá na esquina e a mulher viu e estava falando aqui”, disse um dos homens.
Em outro áudio, um suspeito pergunta para um outro se ele está em determinada região do bairro e orienta que ele se esconda porque está ocorrendo uma operação policial. As conversam revelam ainda outras operações que estão acontecendo em outro bairros da capital.
O coordenador do GAO, Joatan Gonçalves, o mesmo que citado pelos suspeitos, esteve presente na operação da Vila Bandeirante e revelou que os criminosos foram surpreendidos por agentes descaracterizados enquanto compartilhavam as mensagens.
“Enquanto a gente montava, fora do bairro, uma estratégia para invadir o bairro, os elementos filmavam a polícia e ficavam trocando áudios nos grupos de WhatsApp, não sabendo eles que a polícia já estava dentro do bairro infiltrada e fazendo prisões. O estado é superior e os criminosos não vão estar nunca à frente do estado”, disse.
Foto: Jailson Soares / O Dia
Ele revelou que as operações cumprem mandados de prisão contra vários indivíduos para garantir a segurança na capital nas festividades de final de ano. A polícia não divulgou ainda os alvos e o balanço de prisões.