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Corpo de Camilla Abreu é encontrado e namorado é preso pelo crime

Atualizada às 17h46min

De acordo com o delegado Francisco Baretta, coordenador da Homicídios, o acusado, capitão Alissom Wattson, confessou o crime com riqueza de detalhes. “Ele atirou nela dentro do carro após uma discussão por causa de ciúmes”, explicou Baretta. O delegado acrescentou ainda que a polícia já havia levantado o histórico do PM e que ele era um homem bastante agressivo, o que só veio corroborar a hipótese de sua autoria do crime.

Corpo de Camilla Abreu é encontrado e namorado é preso pelo crime. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Foi o capitão Alissom que informou à polícia onde estava o corpo e levou os investigadores até o local onde o corpo foi ocultado, no povoado Mucuim, nas proximidades da BR-343. O corpo foi abandonado pelo autor do crime dentro de um matagal de difícil acesso. Na manhã de hoje, a Delegacia de Homicídios já havia feito uma incursão na área próxima, uma vez que as equipes já tinham a localização aproximada do corpo a partir do GPS do celular da vítima, que foi encontrado às margens da BR-343, e de imagens de câmeras de segurança.

A perícia confirmou que a jovem foi agredida na cabeça, com um objeto contundente, antes de ser alvejada com um tiro no rosto. O corpo de Camilla já se encontrava em avançado estado de decomposição. O crime se enquadra como feminicídio, assassinato de uma mulher em que as motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade do homem sobre a vítima do gênero feminino.

Questionado sobre a possível participação de outras pessoas no crime, o delegado Baretta disse que a investigação ainda está em curso e que não é possível, no momento, apontar co-autorias. Quanto ao capitão Alissom, ele já está prestando depoimento ao delegado Emerson Almeida, que presidiu a investigação, e se encontra à disposição da Justiça.

O carro do capitão Alissom, que estava guardado na casa de parentes, foi apreendido hoje na casa de parentes e na sexta-feira (27), ele já havia entregado sua arma ao comando do 8º BPM alegando problemas pessoais. O capitão PM responderá agora pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

Iniciada às 16h45min

O corpo da estudante de Direito, Camilla Abreu, desaparecida desde a última quarta-feira (25), foi encontrado na tarde desta terça (31), no povoado Mucuim, zona Rural de Altos, na BR-343. A informação é da Secretaria de Segurança Pública. O capitão Alissom Wattson, principal suspeito do crime, acabou sendo preso também durante a tarde, pela Delegacia de Homicídios. O PM se apresentaria à polícia somente na manhã da quarta (01), acompanhado de seus advogados.

De acordo com Secretaria de Segurança, o corpo de Camilla estava em uma entrada após o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Uma equipe da Homicídios se dirige para o local para dar início à perícia e à remoção dos restos mortais. No sábado (28), os familiares da jovem chegaram a ir até a rodovia para recuperar o aparelho que havia sido encontrado nas margens da BR por populares. Desde o seu desaparecimento que os parentes tentavam contato por ligações e mensagens.

Crime se concretiza

No início desta terça-feira (31), a Polícia Civil anunciou que investigava não mais um caso de desaparecimento, mas de homicídio.  O inquérito foi aberto sob o comando do delegado Emerson Almeida e o principal suspeito era o namorado de Camilla, o capitão da Polícia Militar, Alissom Wattson, lotado no 8º BPM.

Em depoimentos, amigos e familiares da vítima apontavam que o relacionamento da jovem com o PM era abusivo e permeado por ameaças e agressões. O tio da vítima, Jadeílton Rodrigues, chegou a afirmar que duvidava que o capitão havia realmente deixado Camilla em casa como afirmara ter feito na última noite em que ela foi vista.


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PM se apresentaria amanhã

Durante todo o dia, familiares e amigos de Camilla ficaram na expectativa da apresentação do capitão Allissom à polícia. A ida até a Delegacia de Homicídios para prestar depoimento estava marcada para a tarde de hoje, mas apenas os advogados do PM compareceram. Em uma reunião de 40 minutos com o delegado Baretta, foram negociados os termos da apresentação. A polícia chegou a enviar uma recomendação à Corregedoria da Polícia Militar solicitando a presença do capitão na manhã desta quarta-feira (01), para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Após a reunião com os advogados, o delegado Baretta chegou a afirmar que ainda não tinha provas materiais do envolvimento do PM no crime, por isso não tinha condições de pedir sua prisão.