Em coletiva de imprensa na manhã de hoje (1), o delegado
Emerson Almeida apresentou os resultados da investigação sobre a morte da
estudante universitária Camila Abreu. O capitão da PM Alisson Watson, de 39
anos, preso na tarde de ontem (31), confessou que matou a jovem, mas a defesa
dele afirma que o tiro foi acidental, e que a arma estava na mão da vítima no
momento do disparo.
A estudante Camilla Abreu desapareceu na última quarta-feira (25) após sair para jantar com o namorado (Foto: Reprodução/ Facebook)
Em depoimento, o capitão Alisson alega que a discussão teria iniciado da própria Camila. “Ele afirma que a menina teria visto uma mensagem no celular do policial, e iniciado uma briga por ciúmes dele. Camila teria então pego a arma do capitão, que estava no espaço entre os bancos dianteiros do carro. No intuito de tomar a arma de volta, o policial teria usado um golpe, e como ela estaria com o dedo no gatilho, disparou acidentalmente.
Para o delegado Emerson Almeida, que preside o inquérito sobre a morte da jovem, a tese da defesa não se sustenta. “Se foi acidental, por que ele não tentou socorrê-la? Por que houve a ocultação de cadáver, as tentativas de se livrar do sangue, do carro? São elementos que não coadunam com a hipótese de acidente”, explica o delegado.
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O delegado conta que a investigação conseguiu mapear, através de câmeras de vigilância pela cidade, todo o trajeto que o policial fez. Foram identificados também dois lugares onde o policial tentou lavar o sangue do carro: com um lavador da avenida Maranhão e em um posto de lavagem.
O inquérito policial tem 30 dias para ser concluído. Até lá, o corpo da jovem e o carro onde o crime aconteceu passarão por exames periciais, que determinarão como o crime aconteceu. Enquanto isso, o acusado está preso provisoriamente numa cela de quartel, já que se trata de um militar.