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Em média, cerca 8 veículos foram roubados por dia em Teresina durante 2020

Sensação de insegurança e medo. É essa a realidade do teresinense que precisa ir e vir na cidade e até aqueles que possuem veículo próprio e que, em tese, deveriam se sentir mais resguardados por não ficarem tão expostos nas ruas, se sentem temerosos diante do risco de ver seu carro ou moto ser levado por criminosos. 


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Dados informados pela Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí), apontam que no ano de 2020, a corporação atendeu 5.160 ocorrências -- entre elas roubos, furtos e adulteração de veículos. Em relação a carros e motos roubadas, a média fica próxima de oito. As motocicletas respondem pela grande maioria destes roubos: foram 2.399 motos roubadas em Teresina ao longo do ano passado. As 649 ocorrências restantes foram de roubo de carros.

Fotos: Assis Fernandes/ODIA

Em termos de resolutividade destes crimes, a Polinter explica que os roubos de carro em geral são elucidados com mais frequência e mais rapidamente que os roubos de moto: a média de resolução dos roubos de motocicleta em Teresina pela polícia é de 50%, enquanto que a média de resolução dos roubos de carro chega a 70%. Isso se deve muito à natureza do veículo subtraído: carros são mais difíceis de serem escondidos que motocicletas, o que acaba facilitando um pouco o trabalho da polícia.

Isso explica também porque a predileção dos criminosos pelos veículos de menor porte como as motos. É o que esclarece o delegado Emerson Almeida, coordenador da Polinter.

 “A moto é mais fácil de ser escondida e até desmanchada. Já um carro, por ser de maior porte, ele é mais complicado de passar despercebido caso seja roubado. Os bandidos que praticam esses delitos pensam em tudo isso no momento da abordagem, mas a gente tem que ressaltar que eles não escolhem as vítimas. Eles se aproveitam de um momento de descuido”, explica Emerson Almeida.


O delegado Emerson Almeida é titular da Polinter - Foto: O Dia

Este momento de descuido, ele afirma, pode vir em diversas situações: ao descer do carro no estacionamento de um supermercado ou farmácia, ao esperar enquanto o portão de casa abre para entrar, ou até mesmo nas paradas em semáforos de vias menos movimentadas. O delegado Emerson Almeida pede atenção dos motoristas e motociclistas a quem está trafegando próximo ao seu veículo.

“Há um número crescente em casos de vítimas que facilitam. Ao parar, tem que olhar para um lado e para outro para saber se não está sendo seguido. Esses criminosos agem na oportunidade: eles passam pela vítima, veem que ela deu brecha, retornam mais na frente e concretizam o roubo. Temos que tomar algumas cautelas para não sermos vítimas, porque se você se descuidar, eles vão lá e se aproveitam”, finaliza o delegado.