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Firmino Filho chegou afirmar que estava muito mal; LEIA DEPOIMENTOS

inquérito que apurou as causas da morte do ex-prefeito Firmino Filho foi arquivado pelo juiz da Central de Inquérito, Valdemir Ferreira Santos. Na mesma decisão, o juiz levantou o sigilo das investigações e disponibilizou depoimentos de familiares e testemunhas que acompanharam os últimos momentos do ex-gestor e resultados de perícias realizadas durante a investigação.

Um dos depoimentos é da então chefe de Firmino no Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Lúcia Epaminondas, que reside em Brasília. Ela revelou que Firmino afirmou por mais de uma vez, três dias antes de morrer, que estava muito mal, confessou que estava com depressão e fazendo uso de remédios controlados. 

“Consta importante depoimento da atual chefe de FIRMINO FILHO, que reside em Brasília-DF, ANA LÚCIA EPAMINONDAS no qual depôs que FIRMINO relatou a dificuldade de retorno ao trabalho e confessou que estaria em depressão, fazendo uso de medicamentos que atrapalham sua memória, não conseguindo realizar as atividades de forma satisfatória. Em determinado momento da conversa, a vítima diz que retornou ao trabalho por indicação médica para ocupar a mente com outras atividades, mas que não estava conseguindo acompanhar e iria solicitar uma licença médica pois estava muito mal e enfatizou outras vezes que “estava mal”. O suicídio ocorreu três dias após a conversa”

No depoimento da deputada estadual Lucy Soares, viúva de Firmino, conta que o casal esteve junto na manhã do dia da morte. A esposa relatou que Firmino Filho demonstrativa tristeza desde o resultado das eleições em 2020. Ele desmentiu que houvesse qualquer problema no relacionamento do casal. 

“No dia 06/04/2021, por volta das 8h10, FIRMINO, após ter dormido sozinho na casa de onde o casal planejava se mudar, apareceu no apartamento para o qual estavam se mudando para tomar café. FIRMINO já chegou ao apartamento arrumado para ir ao trabalho no TCU. Perguntada se havia constatado algo de anormal com FIRMINO, a depoente afirmou que, desde fevereiro deste ano, notou que a vítima estava muito triste, muito calada, olhando perdido para o tempo. Quando perguntava para o ex-prefeito o que ele tinha, ele apenas dizia que estava triste, momento em que a depoente tentava animá-lo. Acerca do motivo da tristeza, FIRMINO não dizia especificamente o motivo, mas a depoente acreditava ser a saída da prefeitura, após muito trabalho durante a pandemia, e a nova rotina de trabalho no TCU, bem como o agravamento da pandemia. Ainda, a depoente afirmou que não havia qualquer problema no casamento. Por fim, a viúva afirmou que tem certeza que a vítima cometeu suicídio, não havendo necessidade de analisar dados do celular e expor conteúdos de conversas privadas entre ela e seu ex-marido, e que não acredita que alguém tenha induzido, instigado ou auxiliado o prefeito a cometer suicídio”. 

O inquérito ouviu ainda amigos, servidores do TCU em Teresina e dos filhos do ex-prefeito. Todas as testemunhas emitiram opiniões de que Firmino cometeu suicídio. As câmeras de segurança do edifício demonstraram que Firmino Filho chegou sozinho, saiu no horário do almoço e também retornou sozinho. Poucos minutos antes do crime a vítima foi vista por um terceirizado na varanda da sala de reuniões sozinho mexendo no celular. A testemunha o cumprimentou e relatou que Firmino estava normal como de costume sem aparentar qualquer alteração.