O adolescente de 17 anos, que foi apreendido sob acusação de ter estuprado uma bebê de um ano e três meses em Pedro, II já teria tentado violentar outras duas pessoas antes. A informação é do gerente de policiamento do interior, delegado Willame Morais.
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De acordo com ele, o acusado
confessou o crime e demonstrou frieza ao dar detalhes de como tudo aconteceu.
Ele mora próximo à casa da bebê e teria ingerido bebida alcoólica no dia em que
cometeu o ato. “Nós analisamos todo o histórico dele e vimos que esse rapaz já
havia tentado estuprar outras pessoas antes, inclusive uma vizinha há apenas
alguns dias”.
Ontem, a Gerência de Policiamento do Interior esteve em Pedro II onde se reuniu com os delegados responsáveis pelo caso, a delegada Camilla Rodrigues e o delegado Jorge Terceiro, de Piripiri. Durante todo o dia foram feitas diligências acompanhadas pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público Estadual.
A polícia fez todo o caminho que o adolescente percorreu no dia do crime. Ele saiu de casa de manhã e retornou apenas de noite. “Nesse meio tempo, ele disse que ingeriu bebida alcoólica, que tentou entrar na casa de uma vizinha da vítima, mas que a pessoa resistiu e o colocou para fora, e que depois disso, ele se dirigiu para a casa da bebê, onde arrombou a janela e tirou a criança de cima da cama”, detalha o delegado Willame.
Após violentar o bebê, o adolescente ainda teria ido em casa, enchido de água uma garrafa pet, e retornado para o terreno baldio onde deu banho na criança e a colocou próxima a uma avenida. A menina foi encontrada por populares com vários hematomas e marcas de estupro.
O depoimento do adolescente foi tomado na presença de conselheiros tutelares e de representantes do MPE. A esses órgãos, a família do rapaz diz que ele sofre de transtornos psicológicos e que teria perdido totalmente o controle com a ingestão do álcool. A polícia ainda está apurando esta informação, mas, para o delegado Willame, trata-se de uma pessoa que já tinha um histórico de problemas com a polícia e que isso não pode e nem vai ser ignorado.
Revolta
Após saberem da apreensão do adolescente, a população de Pedro II, revoltada com a barbaridade do crime, quebrou os portões da delegacia da cidade e invadiu o local, depredando e ateando fogo e vários aposentos. Atendendo a um apelo da delegada Camilla Rodrigues, o adolescente teve que ser transferido para outro local não revelado pela polícia.
Para o delegado Willame, é natural que, em um caso como esse, a população queira fazer Justiça com as próprias mãos, mas que isso acabou por dificultar o trabalho da polícia. “Interrompeu o andamento dos procedimentos. Se nós poderíamos dar uma resposta ágil quanto a isso, agora complicou mais. Depredaram o local e vários instrumentos de trabalho da polícia. A delegacia de Pedro II está fechada depois do que aconteceu e quem fica sem segurança é a própria população”, explica o delegado.