O juiz da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, Antônio Reis de Jesus Nollêto, converteu a prisão temporária de Erlandio Miranda Coelho em prisão preventiva, após pedido impetrado pelo Ministério Público do Piauí. O acusado foi denunciado pelo MP pelo homicídio do estudante de engenharia Ruan Pedreira Silva na Copa do Mundo de 2014.
No entendimento do magistrado, a prova da materialidade dos fatos e os indícios de autoria, bem como a gravidade do crime, são elementos que apontam a necessidade da conversão da prisão temporária em preventiva. O juiz também levou em consideração o fato de o denunciado ter efetuados vários disparos de arma de fogo em local público, assumindo o risco de atingir outras pessoas.
Estudante foi morto durante comemoração da Copa do Mundo de 2014. (Foto: Reprodução)
“Deve-se ressaltar que, após a prática do crime, o acusado evadiu-se do distrito da culpa, sendo localizado apenas em 31 de julho de 2018, quando foi preso em flagrante delito por uso de documento falso, na cidade de Parnaíba (PI), momento em que foi dado cumprimento à sua prisão temporária, decretada nestes autos em 18 de julho de 2014 (04 anos atrás)”, relatou.
Para o juiz, a atitude do acusado demonstra o risco à ordem pública, bem como a intenção de não ser responsabilizado pelo crime. Além da convesão da prisão em preventiva, o juiz também solicitou que o diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), envie dentro de 48 horas o auto circunstanciado de exumação realizado na vítima.
Entenda o caso
Ruan Pedreira, de 21 anos, estudante de engenharia foi morto em um bar no bairro Saci, zona sul de Teresina, enquanto comemorava a vitória brasileira após um dos jogos da Copa do Mundo de 2014, no dia 28 de junho de 2014.
Erlandio Miranda Coelho, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI). (Foto: Divulgação)
O suspeito, identificado como Erlandio Miranda Coelho, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI), após usar identificação falsa em uma barreira na BR-343, entre as cidades de Piripiri e Piracuruca. A inteligência da Polícia Civil já estava monitorando Herlandio, que era suspeito também de envolvimento com assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos, além da suspeita de ser o autor do disparo que matou o estudante Ruan Pedreira.