Dois policiais militares lotados
do 5º Batalhão de Polícia de Teresina, que atende à zona Leste, estão detidos
no Presídio Militar, no Quartel do Comando Geral (QCG) sob suspeita de terem
extraviado R$ 300 mil do assalto ao Banco do Nordeste acontecido ontem (19) na Avenida João XXIII. Trata-se de dois cabos que teriam cometido uma série de equívocos
na condução da ocorrência, segundo o Subcomando da Corporação.
De acordo com o coronel Lindomar Castilho, subcomandante da Polícia Militar do Piauí, os PM não preservaram a cena do crime e não teriam chamado a perícia de imediato, após a constatação da ocorrência criminosa. Eles teriam ainda manuseado o dinheiro recuperado do roubo antes mesmo da chegada da Polícia Civil, que é a responsável pelo início da investigação.
Dinheiro recuperado do roubo (Foto: Divulgação/PM-PI)
“Foram erros de procedimentos básicos que eles cometeram e que estão sendo investigados pela Corregedoria em um processo disciplinar. Ao mesmo tempo, corre o inquérito criminal junto à Polícia Civil para saber se de fato houve extravio do dinheiro que era para ter sido recuperado do roubo”, explica o coronel Lindomar.
Os militares estão presos temporariamente por cinco dias, mas caso, neste prazo, seja comprovado que houve roubo, a PM poderá pedir a conversão em prisão preventiva, os policiais estarão sujeito a uma série de punições disciplinares segundo o código da Corporação e, em último caso, podem perder a farda e serem expulsos da Polícia Militar.
Questionado sobre como avalia a conduta dos cabos e sobre a não atenção a procedimentos básicos na diligência, o coronel Lindomar Castilho preferiu não tecer qualquer opinião no momento, dizendo somente que todo o inquérito da Polícia Civil está sendo acompanhado pela Corregedoria e que todas as providências cabíveis ao caso serão tomadas no tempo certo.