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Sefaz: polícia desarticula quadrilha que cobrava propina de empresários

Foram presos três empresários na Operação Propinagem, todos da família Bringel. A polícia divulgou os nomes de Luiz José Leite Bringel, Danilo Sampaio Bringel e Saulo Bringel Sampaio. Eles são proprietários da empresa de refrigerantes Relva e também possuem farmácia e distribuidora em Juazeiro do Norte, no Ceará.

Os servidores públicos presos até agora são Antonio Martins Damasceno Filho - irmão do ex-prefeito de Barras, Manin Rego -, Francisco José dos Santos Costa e Joaquim Vieira Filho, todos técnicos de fiscalização volante. Do posto da Tabuleta foram detidos Charles de Lima Cavalcante, Francisco José de Sales Filho e Deusdeth Ferreira Lima. Em Pedro II, o técnico de fiscalização Alberto Terceiro Neto também foi preso.

Polícia tem vídeos que comprovam existência do esquema

O superintendente da Receita Estadual, Antonio Luiz Santos, informou que o esquema com os técnicos fazendários funcionava através de acordos para liberar cargas nos postos fiscais. Empresários do ramo de frigorífico e de madeireiras também estão sendo investigados. "As empresas serão auditadas nos últimos cinco anos", disse o superintendente.

Atualizada às 11h25min

A Polícia Civil do Piauí deflagrou na manhã desta segunda-feira (13), a Operação 'Propinagem', com o objetivo de desarticular uma associação criminosa formada por técnicos fazendários da Secretaria Estadual de Fazenda e empresários do Estado. Entre os presos estão sete técnicos da Sefaz. Existem quinze mandados de prisão e de busca e apreensão. 

Ao todo, dez mandados de prisão já foram cumpridos em Teresina, União, Altos e Barras, Piripiri, Pedro II e no município de Juazeiro do Norte, no Ceará. Um dos detidos é irmão do ex-prefeito de Barras, Manin Rego, Antônio Damasceno Filho. Ele é técnico fazendário naquele município

De acordo com o Delegado Geral, Riedel Batista, ainda não é possível contabilizar o rombo deixado nas contas públicas. "Os técnicos atuavam cobrando altos valores em dinheiro de empresários para que os seus estabelecimentos não fossem fiscalizados. Diante disso, há um prejuízo muito grande para as contas públicas, mas ainda não é possível contabilizar esses valores", disse Riedel. 

As investigações se dão há vários meses no estado. A operação é coordenada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO). Os presos estão sendo levados para a sede do Grupo, onde são ouvidos pelo delegado Carlos César Gomes.