O laudo do exame de DNA de vítimas e acusados do estupro coletivo em Castelo só deverá sair daqui a 15 dias, é o que estima a Polícia Civil e Instituto Médico Legal (IML) do Piauí. Este prazo poderá ainda ser estendido para um mês, caso haja necessidade. Em reunião na manhã de hoje com o coordenador do IML, o delegado geral e o gerente de policiamento do interior, o delegado Laércio Evangelista pediu agilidade no confronto das amostras dos envolvidos no crime.
“Essas amostras eram para terem sido colhidas antes, mas como a maior parte dos envolvidos é menor de idade, nós precisávamos de uma autorização dos pais ou responsáveis para fazer isso. É uma burocracia que infelizmente ainda atrasa um pouco ao andar das investigações”, afirma o delegado.
Segundo o coordenador do IML, doutor Antônio Nunes, até a próxima sexta-feira (05) devem sair os laudos dos exames de corpo de delito dos acusados, o laudo de estupro das vítimas e o laudo do local do acidente. Uma perita da Polícia Civil do Piauí já está em Pernambuco aguardando o envio das amostras e deverá acompanhar a realização de todos es exames.
“Nós estamos tentando agilizar o máximo possível, mas é preciso entender que é muito material. Nós colhemos fluidos corporais dos adolescentes e das vítimas e várias peças de roupa. Só está faltando a amostra do Adão que deverá ser colhida hoje na penitenciária”, explica o doutor Antônio Nunes. (foto ao lado)
Delegado vai conversar com as vítimas
O delegado Laércio Evangelista deve conversar ainda na tarde de hoje com duas das vitimas para pegar detalhes de como tudo ocorreu e confrontar as narrativas com as versões apresentadas pelos acusados. Sobre Adão José de Sousa, apontando como sendo o mentor do estupro, o delegado informa que ele continua negando envolvimento no crime.
Adão foi transferido ainda ontem (31) para a Casa de Detenção de Altos, inaugurada recentemente, e encontra-se em uma cela separado dos outros presos. Segundo o delegado isso é necessário para garantir sua integridade enquanto as investigações correm.
Os adolescentes continuam internados no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP) de Teresina, enquanto aguardam os resultados dos exames que serão feitos no Estado da Paraíba porque, segundo o delegado Laércio, a Polícia do Piauí ainda não possui um laboratório adequado para a realização deste tipo de exame.
“Nós não queremos ‘meias provas’. Queremos um laudo que esclareça de vez tudo que ouvimos e vimos até agora”, finaliza delegado.