O estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, de 22 anos, suspeito de abuso sexual contra duas irmãs e duas primas, em Teresina, é procurado desde a última quinta-feira (7) quando um mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz Valdemar Ferreira, da Central de Inquéritos de Teresina.
O Portal O Dia apurou que a decretação da prisão preventiva de Marcos Vitor foi mantida em segredo, enquanto a Polícia Civil realizava diligências em endereços ligados ao suspeito nos estados do Piauí e do Amazonas, onde ele cursa medicina, para realizar a prisão. (Quem souber informações do suspeito pode denunciar no 3216-5225).
Sem conseguir localizar o paradeiro do suspeito, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) revelou o mandado de prisão para pedir a colaboração da sociedade na captura.
Foto: Reprodução / Instagram
A reportagem apurou com familiares do suspeito que ele esteve em Teresina durante os sete primeiros meses da pandemia da Covid-19 devido à suspensão das aulas da faculdade. Em janeiro deste ano passou férias em Teresina e retornou para Manaus. O caso foi revelado pela família das vítimas no mês de agosto.
A defesa de Marcos Vitor, por sua vez, chegou afirmar que ele estava em Teresina no endereço registrado no processo, contudo, a polícia realizou diligência no local e não o localizou.
Depoimento choca família
Os relatos das duas irmãs e das duas primas menores de idade trazem detalhes dos abusos e a frequência com que eles aconteciam. A advogada Priscila Karine, irmã da madrasta do suspeito e representante da família, teve acesso aos vídeos da conversa das menores com uma psicóloga. O relato mais marcante é da irmã de três anos.
“Você não quer acreditar que uma pessoa possa fazer isso com a irmã de três anos. Ela fala brincando, sorrindo. Não entende aquilo. E confirmou que ele beijava as partes íntimas”, disse. Ao ser perguntada quantas vezes ele tinha realizado os atos, a criança contou nos dedos das mãos e logo depois passou para os dedos dos pés, demostrando a insistência do suspeito em realizar os abusos.
A família acredita que os abusos podem ter se intensificado contra as vítimas durante a pandemia do novo coronavírus, período em que Marcos Vitor conviveu mais frequentemente com as crianças.
A defesa
O Portal O Dia tentou contato com a advogado Eduardo Faustino, que adua na defesa de Marcos Vitor, contudo, não ele não retornou até o fechamento dessa matéria. O espaço segue reservado para a manifestação da defesa.