Na manhã desta quarta-feira (22), aconteceu uma rebelião na Penitenciária Regional Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina, que resultou na morte de dois detentos do pavilhão C. Luiz Marcos da Costa, vulgo Pimentinha, natural de Esperantina, e Francisco das Chagas Costa, conhecido como Boné Carrapicho, natural de Piripiri, foram mortos durante a confusão. A perícia foi chamada ao local e deve indicar as causas das mortes.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, os detentos do pavilhão C iniciaram uma discussão que resultou na morte de dois presos. “Não tenho ainda o número de quantos detentos estavam no pavilhão, mas sabemos que eram pessoas de Teresina e do interior. Isso é um grande problema, pois é muito difícil não acontecer brigas quando juntam presos do interior e da capital no mesmo local”, avalia.
Na semana passada, cerca de 20 detentos foram transferidos da Central de Flagrantes, em Teresina, para a Penitenciária Regional de Esperantina. “Vamos averiguar ainda se esses presos estão envolvidos na rebelião”, conta Vilobaldo. Segundo ele, a penitenciária sofre com o problema de superlotação. "Hoje são 304 presos na penitenciária, que tem apenas metade dessa capacidade", afirma.
Ao perceberem a confusão no Pavilhão C, os detentos do Pavilhão B iniciaram um quebra-quebra na cela. “Nesse momento, os agentes precisaram dar conta dos dois pavilhões. O medo era que os detentos quebrassem a cela e invadissem o outro pavilhão, mas houve a intervenção dos policiais e isso não chegou a acontecer”, explica Vilobaldo. A rebelião foi controlada às 12h30 e os agentes penitenciários tiveram apoio dos policiais de Barras, Piripiri e cidades vizinhas.
Em nota, a Secretaria de Justiça informou que a rebelião não teve nenhuma relação com a estrutura da unidade e não foi motivado por nenhuma reivindicação dos internos. "A Secretaria está tomando todas as providências cabíveis no sentido de garantir a segurança na unidade e de prestar assistência às famílias dos internos mortos", afirma a Sejus.