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Réu por matar Camilla Abreu, ex-capitão da PM vai a júri popular em setembro

O ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allison Wattson da Silva Nascimento, sentará no banco dos réus no próximo dia 01 de setembro para ser julgado pelo Tribunal Popular do Júri pelo assassinato da estudante de Direito Camilla Abreu. O crime aconteceu em outubro de 2017, na ocasião Camila tinha apenas 21 anos. Além do crime de homicídio com qualificadora de feminicídio, Allison responde também por fraude processual e ocultação de cadáver.

A data do julgamento foi marcada pela titular da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, juíza Maria Zilnar Coutinho. O sorteio dos membros que comporão do Conselho de Sentença terá lugar no próximo dia 17. A justiça encaminhou no último dia 02 o mandado para a Penitenciária Irmão Guido, onde Allison se encontra preso, intimando-o a comparecer na sessão de julgamento da ação penal.

Na mesma peça, a juíza Maria Zilnar Coutinho manteve as medidas cautelares que estão sendo aplicadas no momento ao réu por ter entendido que elas cumprem os requisitos legais e também pelo resguardo da ordem pública e da fase de instrução do processo em plenário de Júri. A magistrada também reiterou a existência de indícios que atribuem a autoria do assassinato de Camilla a ele.


Foto: Reprodução/Facebook

“Com efeito, existem indícios suficientes da autoria atribuída ao acusado quanto aos delitos descritos da denúncia, além de que existem fatos de demonstram que a soltura do acusado seria de grande prejuízo à instrução em plenário, visto o modo como o crime foi praticado, bem como o intuito do acusado de atrapalhar a investigação. Verifica-se também pelos elementos probatórios constantes dos autos o medo que as testemunhas têm de sofrer retaliações por parte do acusado”, pontuou Maria Zilnar.

A juíza determinou, por fim, que a arma usada para matar Camilla seja exibida em plenário do Júri.

Entenda o caso

O ex-capitão da PM, Allison Wattson Nascimento é réu por ter matado e ocultado o cadáver da estudante de Direito Camilla Abreu em outubro de 2017. Ele e a vítima tinham um relacionamento à época do crime. Segundo o inquérito concluído pela Delegacia de Homicídios, Alisson assassinou a jovem dentro do próprio carro, escondeu o corpo em um matagal no povoado Mucuim, zona Rural de Altos, e ainda levou o veículo sujo de sangue para lavar alegando que pretendia vendê-lo.

Allison foi preso dias depois do crime e encaminhado ao Presídio Militar de Teresina porque, na ocasião, ainda integrava o quadro de oficiais da PM. Em março de 2019, sua expulsão da corporação foi confirmada e, respondendo na justiça comum pelo crime, ele foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido onde está preso desde então.