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Quase 60% das vítimas de homicídio na capital eram jovens, no 1º semestre

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) realizou na tarde desta quarta feira (1º), no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar, uma reunião estratégica com delegados dos distritos metropolitanos da Polícia Civil e com comandantes dos Batalhões da Polícia Militar na capital.

O secretário de Segurança Pública Fábio Abreu fala na abertura da reunião estratégica, ladeado pelo coronel Carlos Augusto, comandante geral da Polícia Militar, e por Riedel Batista, delegado geral da Polícia Civil (Foto: Ascom SSP)

No encontro, foi divulgado um balanço das ocorrências policiais registradas no primeiro semestre deste ano, com dados referentes a homicídios, roubos e furtos. Os números constam em relatórios compilados pelo Comando Geral da PM e pelo Núcleo Central de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil.

Entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 154 homicídios em Teresina, e o mês mais violento foi maio, com uma média de 1,12 morte por dia. De acordo com a Polícia Civil, ocorreram 28 assassinatos em janeiro, 26 em fevereiro, 25 em março, 17 em abril, 35 em maio e 19 em junho.

Mais uma vez, os jovens despontam como os principais alvos, englobando 57% dos homicídios dolosos. Do total de 154 pessoas assassinadas no primeiro semestre, 51 tinham entre 18 e 24 anos, e outras 37 tinham de 25 a 30 anos.

Segundo a Polícia Civil, 19 adolescentes (de 12 a 17 anos) foram mortos na capital entre janeiro e junho. No mesmo período, houve 27 assassinatos de pessoas com a faixa etária de 31 a 35 anos, outros 14 homicídios de vítimas com 36 a 45 anos, e, ainda, seis assassinatos de pessoas com mais de 46 anos.

Homicídios por região - O maior número de assassinatos no primeiro semestre de 2015 ocorreu em bairros da zona Norte da capital - totalizando 40 mortes. Em seguida, no ranking funesto aparecem a zona Sul, com 35 assassinatos, a zona Sudeste, com 34, e a zona Leste, com 33.

Em termos de homicídios, o Centro foi a região mais segura da cidade, com apenas 3 mortes registradas nos seis primeiros meses do ano. E na zona rural de Teresina ocorreram 5 assassinatos.

Queda de 7,46% em relação ao mesmo período de 2014

No comparativo entre o númeto de assassinatos ocorridos no primeiro semestre deste ano e no mesmo período de 2014, observa-se uma queda de 7,46% na ocorrência desse tipo de crime (veja a tabela ao lado).

De acordo com o delegado João Marcelo, coordenador do Núcleo Central de Estatística, apesar de os dados ainda serem alarmantes, eles apontam uma melhoria na segurança pública da capital em relação ao mesmo período do ano passado. "Nós observamos que houve uma queda no número de crimes, e essa melhoria não é sazonal, porque não é típica de um determinado período do ano. Ela é, na realidade, uma tendência", opina o delegado.

O secretário de Segurança Pública do Estado, capitão Fábio Abreu, comemorou a redução na criminalidade no primeiro semestre de 2015, e elogiou a integração entre as Polícias Civil e Militar do Piauí.

"Nós reunimos os comandantes dos Batalhões e os delegados das respectivas áreas justamente para fortalecer essa integração. Eles estão acompanhando os números, e nada melhor do que apresentar esses resultados para a sociedade e para os próprios policiais. O objetivo é mostrar o que nós conseguimos e a partir daí melhorar naquilo que nós entendemos que seja necessário melhorar", avalia Fábio Abreu.

Comandante da PM e delegado geral defendem integração das Polícias

O coronel Carlos Augusto ressaltou que a aproximação da PM com a sociedade foi essencial para que houvesse uma melhoria nas estatísticas da violência em Teresina. Ele citou o exemplo do bairro Promorar, na zona Sul, que em 2014 sofreu com uma onda de violência sem precedentes, e este ano experimenta uma significativa queda no número de crimes. De acordo com o comandante geral, isso só foi possível porque a PM quase duplicou o efetivo policial e aumentou em mais de quatro vezes a quantidade de viaturas em circulação no bairro.


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"Essa reunião foi importante para fazermos uma avaliação e também uma autocrítica do nosso trabalho. A Polícia Militar tem trabalhado muito, sempre em sintonia com a Polícia Civil. E o que a gente constata hoje é uma redução na criminalidade, sobretudo no número de homicídios. Mas isso não quer dizer que estamos satisfeitos, porque sabemos que a sociedade ainda tem a sensação de insegurança. Por isso, nós estamos presentes nas comunidades, conversando com as pessoas, e vamos aumentar e fortalecer o policiamento nos bairros. A ausência da Polícia na rotina das pessoas foi um dos motivos que levaram ao crescimento da criminalidade no segundo semestre de 2014", avalia o coronel.

O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, reiterou que o principal objetivo da cúpula da segurança pública é integrar as forças no combate á criminalidade. 

"Nós tivemos uma redução muito boa no número de homicídios, de roubo de veículos e aumentamos a apreensão de drogas. Isso demonstra que estamos no caminho certo", concluiu o delegado.