Apesar das inúmeras campanhas voltadas ao desencorajamento ao consumo do cigarro, a prevalência de fumantes entre jovens de 18 a 24 anos das capitais brasileiras cresceu de 7,4% para 8,5% entre 2016 e 2017. A estimativa é de que cerca de 90% dos tabagistas começaram a fumar antes dos 18 anos. Os dados foram divulgados pela diretora executiva da Aliança de Combate do Tabagismo (ACT), Mônica Andreis.
Segundo a ACT, o crescimento do consumo do cigarro entre jovens é impulsionado por diversos fatores, entre eles: aditivos de aroma e sabor que tornam o cigarro mais palatável e facilitam a iniciação por jovens, além de aumentarem o potencial de dependência ao elevar a eficiência da liberação de nicotina; a exposição de maços de cigarro em pontos de venda perto de balas e doces, usada como estratégia para chamar a atenção de crianças e jovens; novos produtos de tabaco, como cigarros eletrônicos; uso de marketing nas redes sociais através de influenciadores digitais, entre outros.
O aumento do consumo influencia diretamente nos números de pacientes com câncer de pulmão, já que fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter este tipo de câncer do que não fumantes. Contudo, os riscos envolvidos com o consumo de cigarro não se restringem apenas ao câncer de pulmão, o tabagismo também influencia no surgimento de outros tipos de câncer, como boca, faringe, laringe e esôfago, sendo responsável por 30% das mortes por câncer.