Nesta quarta-feira (21), é comemorado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A data marca a importância do debate e conscientização sobre a doença dentro da sociedade. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.
De progressão silenciosa, o Alzheimer se manifesta por uma disfunção em que alguns neurônios do cérebro começam a morrer. Dessa maneira, as funções cerebrais vão, continuamente, degenerando. Isso provoca demência e redução da capacidade mental, o que afeta o comportamento, o humor e a vida da pessoa acometida.
Apesar de não existir cura para a doença, há tratamentos que atuam diretamente na causa da doença, retardando os sintomas e trazendo uma maior qualidade de vida ao paciente. No Brasil, um dos tratamentos disponíveis é feito por meio da Cannabis, utilizando as duas principais substâncias da planta: o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol).
Uso da Cannabis pode ajudar no tratamento do Alzheimer (Foto: Reprodução/Pexels)
Tais substâncias, denominadas fitocanabinoides, têm efeitos comprovados obtidos a partir de estudos clínicos. Um dos primeiros estudos que comprovaram que a planta pode reverter déficit de memória em pacientes com Alzheimer foi realizado no Brasil, publicado pelo Journal of Medical Case Reports este ano. Um senhor de 75 anos, agricultor e paranaense, teve uma resposta eficaz após começar o tratamento com a planta.
Ao ser usada no tratamento da doença, a Cannabis ajuda na diminuição dos sintomas, como a falta de memória, mau humor, insônia e ansiedade. Além disso, remédios à base de Cannabis possuem características neuroprotetoras, anti-inflamatórios e antioxidantes, o que ajuda na reversão das lesões provenientes de doenças neurodegenerativas, como é o caso do Alzheimer.
Vale ressaltar que os canabinoides possuem enorme segurança farmacológica e apresentam toxicidade praticamente nula. Ainda assim, a utilização desses fármacos só pode ser feita sob prescrição médica. Dosagem e demais orientações devem ser determinadas pelo médico prescritor, que deve manter um acompanhamento contínuo.