Portal O Dia - Últimas notícias sobre o Piauí, esportes e entretenimento

Árvores da Floresta Fóssil são retiradas para prolongamento de avenida

Algumas árvores do Parque Ambiental Floresta Fóssil, localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, estão sendo retiradas por conta da obra de prolongamento da avenida. No local, é possível ver que a grande maioria das árvores, que ficavam na frente no Parque, estão cortadas em troncos, no chão. 

O patrimônio, com troncos fósseis de mais de 270 milhões de anos, é tombado como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2008. 

Quem passa pela avenida por notar a grande área já desmatada (Foto: Jaílson Soares/ O Dia)

A reportagem do ODIA conversou com alguns trabalhadores que estava no Parque retirando as árvores e eles confirmaram a alteração na região por conta de uma obra. Já um transeunte, que preferiu não se identificar, informou que a retirada da vegetação iniciou há cerca de um mês. 

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semam), a obra civil pública é de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU/Sul) e possui a devida autorização para realizar tal supressão vegetal. 

Por sua vez, o gerente de obras da SDU/Sul, Isaac Meneses, explica que foi necessário usar um trecho da Floresta Fóssil para a duplicação da avenida e, por isso, um processo foi encaminhado ao Iphan solicitando a retirada das árvores. “Foi feito um estudo preliminar. A obra iniciou em 2015, mas tiveram três paralisações por conta de entraves burocráticos. O primeiro deles foi o processo com o Iphan, foi autorizado e temos um trabalho de compensação na área”, informa. 

De acordo com o Estudo Ambiental apresentado (Plano de Controle Ambiental – PCA), foram identificados, na área do empreendimento, indivíduos arbóreos, em sua maioria, de espécies nativas. 

Para compensar ambientalmente a retirada dessas árvores, vem sendo feita a estabilização de processos corrosivos na margem do Rio Poti, através da implantação de um gabião, um tipo de estrutura armada, drenante, flexível e de grande resistência e durabilidade, serviço executado pela mesma empresa licitada para realizar a obra. 

(Foto: Jaílson Soares/ O Dia)

A Semam destaca também que qualquer autorização emitida para supressão vegetal é exigida a devida compensação ambiental, medida esta que é amparada pela Lei Municipal 2.798/99, que diz respeito à regulamentação e monitoramento da vegetação na zona urbana do município. 

A obra 

Dividida em três etapas, no momento, a obra está em sua primeira fase, que inicia no balão do Cefap e termina nos acessos da Ponte Anselmo Dias, com orçamento de R$ 30 milhões. Iniciada em 2015, a previsão inicial era de concluí-la em 18 meses, mas devido a paralisações, a finalização está prevista para o segundo semestre de 2018. No local, serão construídos um passeio para pedestres, canteiro central, iluminação de led, espaços com acessibilidade e ciclovias. 

Já a segunda etapa está pleiteando recursos do CAF e inicia na Ponte Anselmo Dias, seguindo até o bairro Vamos Ver o Sol, na zona Sul da cidade. Serão construídas duas faixas em ambos os sentidos e percorrerá até a Avenida Manoel Aires. A terceira etapa inicia na Avenida Manoel Aires, passa pela BR-316, chegando ao Polo Industrial Sul