Amigos e familiares de Camila
Abreu, de 21 anos, assassinada em outubro de 2017, se reuniram em protesto em
frente ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) para pedir justiça na manhã desta
sexta-feira (24). O julgamento do caso, que tem o ex-capitão da Polícia Militar
do Piauí Allison Wattson da Silva Nascimento como acusado pelo crime, acontece
durante todo o dia de hoje no Fórum Cívil e Criminal pela 2ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Teresina .
O pai de vítima, Jean Abreu, disse à reportagem que a família está ansiosa pelo desfecho da pena. Ele relatou que há quase quatro anos tem que lidar com a perda da filha, que é evidenciada toda vez que o caso vem à tona.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
“A família está ansiosa pelo resultado desse julgamento e esperamos que ele pegue pena máxima para tentar amenizar o nosso sofrimento. Nos quatro anos até o julgamento, ficamos muito aflitos por ter que relembrar sempre o mesmo filme nas tentativas de ele deixar a cadeia”, disse.
Jean Abreu, tio de Camila, afirmou que o resultado desse julgamento pode servir de base para coibir outros assassinatos e assim salvar outras vidas. Segundo ele, a família espera pena máxima a Wattson.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
“Estamos todos emocionados, aguardando que a justiça seja feita. Desejamos que esse rapaz pegue pena máxima com todas as qualificadoras com o agravante dele ser um oficial de academia, ter conhecimento do que ele fazia, e, se Deus quiser, ele vai sair com a pena máxima”, ressalta.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
“O exemplo desse julgamento pode salvar vidas podendo inibir outros assassinatos. O estrago está feito, pois a Camila não volta e meus irmãos não terão mais saúde. Tudo isso não vai voltar, mas torcemos por uma sociedade mais justa”, finaliza.
Sobre o caso
Allison Wattson é acusado de ter matado dentro do próprio carro e ocultado o cadáver de Camila Abreu, na Zona Rural de Altos, em outubro de 2017. Além disso, segundo a Delegacia de Homicídios, ele lavou o veículo sujo de sangue para lavar alegando que pretendia vendê-lo.
Allison foi preso dias depois do crime e encaminhado ao Presídio Militar de Teresina porque, na ocasião, ainda integrava o quadro de oficiais da PM. Em março de 2019, sua expulsão da corporação foi confirmada e, respondendo na justiça comum pelo crime, ele foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido onde está preso desde então.