A cidade de Teresina bateu um novo recorde nessa quarta-feira (10) no número de óbitos por Covid-19 em um único dia. O Painel Epidemiológico da Fundação Municipal de Saúde (FMS) apontou que em 24h foram contabilizados 12 mortes provocadas pela doença na capital. Com a atualização, o número de mortos subiu para 162. Na quarta-feira foram registrados ainda 143 novos casos e chegou a 3.773 o total de pessoas infectadas.
Leia também
Piauí já teve 872 mortes por doenças respiratórias em três meses
Covid-19: Qual é a hora certa de buscar ajuda médica?
Segundo a FMS, as vítimas apresentam
comorbidades como diabetes e hipertensão e 10 delas tinham idade acima dos 70
anos. Por outro lado, uma jovem de 20 anos de idade sem doenças agravantes
faleceu vítimas da Covid-19 na Maternidade Dona Evangelina Rosa. Ela estava
internada desde o mês de maio, quando deu à luz. Esse foi o primeiro caso de
óbito pela doença na unidade de saúde.
As zonas Sul e Norte são as que registram mais mortes; quatro vítimas em cada região. Logo em seguida aparece a zona Sudeste, com dois casos. A zona Leste e o Centro registram um óbito em cada.
Queda no isolamento
De acordo com a FMS, o crescimento no número de mortes e de infectados está relacionado diretamente com queda dos níveis de isolamento social na cidade. Dados da prefeitura apontam que de 41,3% a 52,2% cumpriram a recomendação de ficar em casa na última terça-feira (9). O Centro de Operações em Emergência (COE) da FMS alerta para necessidade do aumento da quarentena e possibilidade da falta de leitos de UTI em Teresina.
“É importante destacar também que a rede hospitalar de Teresina sofre impacto da demanda por assistência médica de pacientes oriundos das cidades do interior do Piauí e de Estados vizinhos. Como resultado, pode sofrer um colapso devido à falta de leitos de UTI na maioria dos municípios do Estado. Portanto, levando em consideração todos os aspectos avaliados, a recomendação do COE é pela manutenção das medidas restritivas e reavaliação de todos os critérios para flexibilização a cada semana ou antes, caso surjam indicadores epidemiológicos suficientes para ampliá-las ou distendê-las”, afirma Wesllany Sousa Santana, uma das coordenadoras do COE.