O período chuvoso requer da população uma atenção redobrada com as arboviroses, especialmente com a Dengue. Em Teresina, os casos notificados da doença dobraram em apenas uma semana, segundo dados do Boletim Epidemiológico n° 36 - Semana Epidemiológica 5, da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
De acordo com o levantamento feito até o dia 02 de fevereiro deste ano, Teresina notificou 226 casos de Dengue. Uma semana antes, a Capital tinha registrado 113 casos, de acordo com o Boletim da Semana 4. Os casos confirmados também tiveram um aumento, saltando de 104 para 136.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
E não foi apenas a Dengue que registrou alta de casos, a Chikungunya também teve uma crescente considerável em uma semana. Os casos notificados da doença quase triplicaram, saltando de 15 para 42, além de ter dobrado os casos confirmados, de 13 para 29.
Os casos de Zika Vírus continuam estáveis em Teresina, com apenas uma notificação entre as semanas.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue são febre alta com dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos e dor nas articulações. O recomendado é que a pessoa fique em repouso e beba muito líquido, inclusive soro caseiro.
Sintomas da Chikungunya
A Chikungunya é uma doença infecciosa caracterizada por febre acima de 39 graus, dor de cabeça, dores intensas e inchaço nas articulações das mãos e dos pés. As dores articulares podem durar até três anos e uma mesma pessoa pode ter Dengue e Chikungunya ao mesmo tempo.
Viroses sazonais do período chuvoso
Dados do serviço de Vigilância Epidemiológica de Teresina apontam para um sensível aumento dos casos de diarreia com febre e vômitos nos últimos dias na Capital. Assim, a população deve ficar alerta sobre as viroses sazonais comuns neste período de chuvas. Entre 24 e 48 horas, a tendência é a redução e controle da diarreia e vômitos.
Quando ultrapassar três dias e o quadro piorar, com surgimento de febre alta, não ingestão de alimentos ou líquidos e diminuição da urina, deve-se procurar uma unidade de saúde mais próxima, onde serão avaliados e, se necessário, serão encaminhados para atendimento hospitalar.
As medidas de prevenção contra as viroses visam conter e controlar a situação e devem contar com a participação efetiva da população, reforça Amparo Salmito.
Confira abaixa a lista de algumas medidas simples, porém, eficazes e que devem ser tomadas pela população para controle de surgimento de novos casos:
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de ir ao banheiro, antes de se alimentar ou de preparar alimentos, e na troca de fraldas de bebês;
Não tocar superfícies e/ou objetos infectados com vômitos ou fezes de pacientes com diarreia; evite levar a mão à própria boca quando em contato com pessoas doentes;
Lavar e desinfetar superfícies que tenham sido contaminadas com vômitos ou fezes de pessoas doentes, usando água e sabão e desinfecção com água sanitária (diluição 1:50);
Mantenha limpos e desinfetados os sanitários, especialmente após o uso por pessoas com diarreia. Utilizar água e sabão e água sanitária para desinfecção;
Pessoas com diarreia não devem retornar à escola ou trabalho no prazo de 24 a 72 horas após a cessação dos sintomas e, quando recuperados, devem lavar frequentemente as mãos;
Pessoas com diarreia até a plena recuperação não devem preparar alimentos que serão consumidos por outras pessoas, pois pode haver contaminação com transmissão da doença para as pessoas que os consumirem;
Crianças e adultos com diarreia e até a plena recuperação não devem frequentar piscinas;
Medidas gerais para prevenção de doenças de origem alimentar ajudam a evitar gastrenterites. Cuidados com frutas e verduras: devem ser bem lavadas e desinfetadas com hipoclorito a 2,5%;
Alimentos bem cozidos e devidamente aquecidos é uma boa medida para se evitar diarreia, devido a qualquer enteropatógeno;
Procure ingerir água fervida ou água filtrada. A água deve ser fervida por 5 a 10 minutos após o levantamento das bolhas (ebulição), e após esfriar deve ser despejada em garrafa de preferência de vidro, já devidamente desinfetadas;
Cuidado com água mineral falsa e de fontes e marcas clandestinas e também com gelo, “raspadinhas”, “sacolés”, sorvetes não industrializados, sucos e outros produtos de origem desconhecida;
Realizar limpezas das caixas d’água preferencialmente duas vezes ao ano.