Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina, em greve desde a última sexta-feira (15), continuam o movimento nesta segunda-feira (18). O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), que representa a categoria, informou que os profissionais ainda aguardam uma nova rodada de negociação com os representantes da classe patronal, o que, até o momento, ainda não aconteceu.
Entre as pautas de reivindicações, está o atraso no pagamento dos salários, o não pagamento do plano de saúde, por parte das empresas, além das recentes demissões que vem acontecendo nos últimos dias. Os motoristas e cobradores também pedem que as empresas garantam as condições de higiene necessárias, para garantir a prevenção ao novo coronavírus.
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De acordo com o Sintetro, a expectativa é que uma nova rodada de negociação aconteça nesta segunda-feira. A categoria cobra a presença da Prefeitura de Teresina, através da Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans), para ajudar a mediar as discussões junto à classe patronal.
“Pedimos ao prefeito e ao superintendente da Strans que também entrem nessa discussão. Assim como está acontecendo em outras capitais do país, o transporte público vem sendo subsidiado pelas prefeituras, para poder manter o transporte, manter o emprego dos trabalhadores. Queremos que a empresa não demita o trabalhador sem pagar os seus direitos, que paguem as férias dos trabalhadores que estão atrasadas há mais de 15 dias”, ressalta o presidente do Sintetro, Fernando Feijão.
Ônibus não devem deixar as garagens nesta segunda-feira(Foto:Arquivo/O Dia)
Ainda de acordo com categoria, por conta dos atrasos no pagamento já registrados, o Sindicato vem recolhendo contribuições para garantir o sustento de alguns motoristas e cobradores. “A categoria está se unindo, fazendo vaquinha e comprando cestas básicas para os que estão mais necessitados”, afirma Feijão.
Por conta da greve, Teresina está sem a circulação de ônibus do transporte coletivo, uma vez que apenas 30% da frota estava funcionando, por força de um decreto municipal.
De acordo com Strans, ônibus e vans cadastrados estão garantindo o atendimento aos usuários do transporte coletivo que atuam nos serviços considerados essenciais.
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