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Ônibus deixaram de circular na zona Sudeste por falta de combustível

Atualizada às 10h06min

Os ônibus das empresas Transfácil, Emtracol e Teresina, que deixaram de circular nesta terça-feira na zona Sudeste da capital piauiense, não saíram das garagens por falta de combustível. A informação é do secretário da presidência do Sintetro, Francisco Sousa. Em visita à garagem do consórcio Therezina, ele disse ter sido informado que estava faltando óleo diesel para abastecer aos veículos das três empresas que paralisaram hoje. Ele lembra que, mesmo com a falta de combustível em três viações, ainda há duas do Consórcio Therezina rodando no dia de hoje: a Taguatur e a Santa Cruz.

Francisco explica que há uma única bomba na garagem para abastecer aos veículos de todas as cinco empresas do consórcio e que, com três delas sem circular hoje, a frota de ônibus na zona Sudeste de Teresina reduziu em 60%.


Francisco Sousa, representante do Sintetro - Foto: Assis Fernandes/O Dia


Iniciada às 08h20min

Os motoristas e cobradores de ônibus do Consórcio Therezina (faixa azul), que atende à zona Sudeste da capital, estão com suas atividades paralisadas nesta terça-feira (27), portanto os bairros da região do Grande Dirceu e os demais que são atendidos pelo consórcio ficarão sem ônibus durante todo o dia de hoje.

A decisão de não tirar os ônibus da garagem partiu da própria administração do Consórcio Therezina. Foi o que informou o secretário da presidência do Sintetro, Francisco Sousa. Ele explica que se trata de uma paralisação dos trabalhadores e sim uma orientação das próprias empresas de transporte que atuam naquela região. Os motivos, segundo ele, ainda não ficaram esclarecidos.


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“Nós vamos entrar em contato com as empresas para saber quais os motivos dessa paralisação de hoje. Mas é importante esclarecer que não é uma decisão dos profissionais parar, e sim, o próprio consórcio que determinou a paralisação. A administração emitiu um comunicado aos profissionais pedindo para que eles não fosse trabalhar hoje, porque as empresas não iriam funcionar”, disse Francisco.

Os trabalhadores estão reunidos na porta da garagem do Consórcio Therezina, no bairro Dirceu, e, segundo o Sintetro, a ordem é que nenhum coletivo deixe a garagem no dia de hoje. As empresas que compõem o consórcio - Transfácil, Emtracol, Therezina, Santa Cruz e Taguatur - atendem aos bairros Dirceu, Lourival Parente, Redenção, São João, Alto da Ressurreição, Parque Jurema, Jardim Europa, Residencial Pedro Balzi e Redonda. Os ônibus desses locais fazem linha em direção ao São Cristóbão, Avenida Barão de Gurgueia, Avenida Miguel Rosa, Wall Ferraz e Shopping,


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Motoristas estão há três meses sem salário

Em conversa com a reportagem do Portalodia.com, o representante do Sintetro, Francisco Sousa, diz que os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina estão desde janeiro sem receber salário e que as negociações com o Setut (Sindicato das Empresas) e com a Prefeitura de Teresina estão praticamente paradas. Há casos de empresas que estão pagando somente algumas diárias e muitas vezes o valor recebido pelos trabalhadores ao final do mês não chega nem à metade de um salário mínimo.

“Estão todos sofrendo com a falta de dinheiro, sem receber os salários, e às vezes quando eles trabalham, chegam a receber por mês uma média de R$ 300 a R$ 320 por mês. É uma situação de calamidade. Os motoristas e cobradores estão indo trabalhar mesmo por compromisso, mas infelizmente o pouco que eles recebem não dá pra sobreviver. Quem que vive com uma ou duas diárias no mês?”, questiona Francisco.


Foto: Assis Fernandes/O Dia


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Sistema corre seríssimo risco de colapso, diz Setut

A reportagem do Portalodia.com entrou em contato com o Setut. Por meio de nota, a entidade disse que diante da atual situação, o sistema de transporte de Teresina “corre seríssimo risco de colapso”. O Sindicato informou que até o momento não houve qualquer repasse referente à primeira parcela do acordo firmado com a Prefeitura de Teresina. 

“A entidade esclarece que segue aguardando o repasse de recursos para que sejam regularizados alguns pagamentos salariais dos trabalhadores o mais breve possível”, diz o Setut.

A reportagem está tentando contato com a Secretaria Municipal de Finanças para se manifestar sobre o assunto.